quinta-feira, janeiro 31, 2008

Sweeney Todd; Se, jie; Into The Wild - Trailers

Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street

Finalmente chego "Sweeney Todd"!!!!!!!!!!
Só o poderei ver para a semana, mas sinto que está aqui um grande filme, a dupla Tim Burton e Johnny Depp tem-nos habituado com grandes filmes e dificilmente desiludirá com este.


Se, jie (Lust, Caution)

O regresso de Ang Lee, depois do fantástico "Brokeback Mountain". A curiosidade essa é muita e já tinha saudades de Tony Leung, agora guiado pela mão de Lee em vez de Wong Kar Way por quem estou mais habituado a vê-lo.



Into The Wild

"Into The Wild" é o mais recente projecto de Sean Penn na cadeira de realizador. Há semelhança de Johhny Depp e Tony Leung, Sean Penn é um dos actores que mais admiro, mas nunca vi um filme realizado por ele e por isso mais uma vez tenho de dizer que a curiosidade também é muita.
O filme tem sido bem recebido e tem banda sonora de Eddie Vedder.


Cliquem nas imagens para ver os trailers.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Nick Cave and the Bad Seeds ao vivo

Nick Cave and the Bad Seeds ao vivo em Portugal dias 21 e 22 de Abril no coliseu de Lisboa e Porto respectivamente.
E cada vez se confirma mais que vamos ter um 2008 recheado de grandes concertos.
O último trabalho desta banda estará disponível em Março e dá pelo nome de "Nick Cave and the Bad Seeds".
O novo single é precisamente este:




Já que as reuniões aparentam estar na moda lembrei-me desta mítica banda a primeira de Nick Cave, os "The Birthday Party", que antes se chamavam "The Boys Next Door":

Johnny Depp em The Imaginarium of Doctor Parnassus?


Aparentemente Terry Gilliam convidou Johnny Depp para participar no filme "The Imaginarium of Doctor Parnassus" que estava a ser protagonizado por Heath Ledger.
Pelo que percebi as cenas que Ledger não terminou de filmar ocorrem após a sua personagem ter atravessado um espelho mágico, ou seja, a ideia do realizador não vai ser a de simplesmente substituir o actor, mas colocar a personagem a sofrer uma transformação física quando atravessa esse espelho, podendo ser representada por outra pessoa, neste caso Johnny Depp.
Não posso deixar de achar curiosa esta escolha uma vez que ainda há pouco tempo tinha estabelecido uma espécie de comparação entre as carreiras estes dois actores (ver aqui).
Quanto a mim espero que Depp aceite, o seu trabalho com Terry Gilliam já deu frutos no passado, com o delirante "Fear and Loathing in Las Vegas".
Descobri esta notícia enquanto pesquisava no IMDB, podem lê-la aqui.
Afinal "The Dark knight" poderá não ser a última vez em que vemos Heath Ledger num filme, no entanto nada está confirmado oficialmente.

sábado, janeiro 26, 2008

Sobre Heath Ledger


Não sou crítico de cinema, nem trabalho nessa área, mas dentro da minha opinião sobre o assunto sempre notei que havia muito talento em Heath Ledger.
Lembro-me de falar sobre ele com um amigo que partilhava da mesma opinião e logo em "10 Things I Hate About You", apesar de ser um filme leve, se notava que Ledger tinha carisma e qualidade.
A maior confirmação veio quando vi "Monster´s Ball" a sua participação é pequena em duração mas enorme em sentimento, ainda hoje quando me lembro deste filme é a sua personagem a primeira que me vem à memória
Claro que nem tudo o que Ledger fez foi bom, lembro-me que a partir de uma certa altura lhe perdi o rumo, não ouvia falar muito dele e entrou em alguns filmes de qualidade duvidosa, lembro-me de ver por exemplo o trailer do "The Order" e pensar que tinha um aspecto mau e que era pena não ver Ledger a ser aproveitado. Mas eventualmente ele regressou em grande e de que maneira brindando-nos com algumas excelentes representações, nomeadamente o seu brilhante Ennis del Mar em "Brokeback Mountain".
Uma característica que me chamou a atenção nele, foi a enorme percepção que tinha dos personagens, ele entendia-os e ia até aos mais pequenos pormenores. Para terem uma ideia melhor vejam o vídeo que coloquei onde ele explica um pouco sobre como decidiu representar em "Brokeback Mountain".
Outra dessas situações ocorreu com o Joker. Quando soube que ele tinha sido escolhido fiquei bastante contente pois tinha muita confiança nas suas capacidades, depois li algures que ele afirmou que mais do que o riso ele iria dar importância ao olhar do joker. A partir daqui deixei de ter confiança, para passar a ter certezas.
E pronto tinha vontade em falar um pouco sobre este actor e partilhar resumidamente porque é que gosto tanto do seu trabalho. Deixo também o vídeo de quando ele foi ao programa da Ellen DeGeneres, para se conhecer também um pouco do homem por detrás dos seus poucos mas marcantes personagens.
Termino com a frase que Cristopher Nolan usou quando lhe perguntaram porque escolheu Heath Ledger para interpretar o joker: "Because he's fearless".

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Qual o baterista que escolheriam para tocar com os Led Zeppelin?

Ouvi rumores sobre uma possível digressão dos grandes "Led Zeppelin" e obviamente que fiquei em delírio. Pelo que percebi nada está confirmado e mesmo que aconteça poderá não passar por Portugal, mas a esperança é a última a morrer.
Quis aproveitar esta notícia para fazer aqui uma questão. Para quem gosta de "Led Zeppelin" de certeza que já a pensou ou ouviu em algum lado, por exemplo há uns tempos atrás ouvi Danko Jones fazê-la também enquanto ouvia rádio.
A questão é então: Se os "Led Zeppelin" se juntassem novamente quem deveria ser o seu baterista?
Soube recentemente que eles já se juntaram para um concerto em Londres e o baterista escolhido foi Jason Bonham filho do lendário baterista original John Bonham. Desconhecia que o seu filho tinha seguido os passos do pai e nunca o ouvi tocar, mas penso que é uma escolha que faz todo o sentido e iria de certeza agradar a John Bonham.
Mas vamos esquecer isso por uns momentos e regressar à pergunta, quem é que vocês gostariam de ver a tocar bateria em "Led Zeppelin"?
Eu escolheria o meu preferido, Danny Carey, baterista dos "Tool", porque é um dos melhores e mais perfeccionistas bateristas do mundo e porque penso que se iria adaptar na perfeição.
Outra possível escolha para mim seria Mike Portnoy o poderoso baterista dos "Dream Theatre", quando este senhor toca a casa vai literalmente abaixo, ninguém fica indiferente ao talento e energia que este senhor transmite quando toca.


quinta-feira, janeiro 24, 2008

The Darjeeling Limited; 3:10 to Yuma & Cloverfield - Trailers

Mais três propostas interessantes chegaram ao cinema esta semana que antecede a grande estreia de "Sweeny Todd".
Cliquem nas imagens para verem os trailers.


The Darjeeling Limited

Um novo projecto de Wes Anderson é sempre apelativo.
"The Darjeeling Limited" conta com as participações de Owen Wilson, Adrian Brody e Jason Schwartzman.
A estória é de Wes Anderson, Jason Schwartzman e Roman Coppola, esse mesmo, o filho de Francis Ford Coppola.


3:10 to Yuma

Um western de James Mangold, realizador de "Walk the Line" e "vida Interrompida".
Christian Bale e Russel Crowe no que aparenta ser um duelo de titãs no faroeste.


Cloverfield

Confesso que este projecto de J.J. Abrams, apesar de ter tido uma campanha formidável de marketing, me passou um pouco ao lado.
Diz quem viu que é uma verdadeira brisa de ar fresco no cinema deste género.
Apesar de ter outros filmes que preferia ver mais do que este, tenho noção que se deve perder muito ver "Cloverfield" em casa.

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Heath Ledger (1979-2008)

Heath Ledger foi encontrado morto, ontem, no seu apartamento em Nova Iorque, tinha apenas 28 anos.
Um dos grandes actores da sua geração que ficará para sempre imortalizado no cinema.
Para mais informações clicar aqui.

terça-feira, janeiro 22, 2008

Civil War (a morte de um Herói)

Criado por Joe Simon e Jack Kirby, teve a sua primeira aparição em 1941 e foi uma das personagens mais populares da Marvel Comics, na altura ainda conhecida por Timely.Com o rebentar da segunda Guerra Mundial, o mundo vivia tempos negros. O jovem Steve Rogers, órfão de pai e mãe, escandalizado com o que ouvia na rádio sobre a crueldade cometida pelos Nazis, decide alistar-se no exército Americano. Mas o seu aspecto frágil e pouco saudável faz com que o seu pedido seja recusado. Contudo a sua coragem não passou despercebida aos olhos de outros e foi convidado a participar em uma experiência científica cujo objectivo era ajudar a América a vencer a Guerra. Esta experiência consistia em testar um soro, que iria aumentar as capacidades físicas de todos os soldados Americanos, tornando-os mais fortes, rápidos e com maior resistência a doenças e ferimentos, iria chamar-se o “Soro do Super Soldado”.A experiência foi um sucesso, mas antes que mais super soldados pudessem ser criados o cientista responsável pelo soro é assassinado por um espião Nazi.Após um treino militar intensivo, Steve tornou-se um símbolo de esperança e justiça, para o povo Americano, Steve tornou-se no Capitão América.Nos últimos meses de Guerra, é dado como desaparecido durante uma missão e o seu corpo nunca encontrado. Anos mais tarde (1960 - 1970) a equipa “Os Vingadores” encontra o seu corpo em hibernação dentro de um iceberg, no Norte do Atlântico. Graças às propriedades da fórmula de “Super Soldado” Steve sobreviveu ao processo de congelação e o herói e defensor dos valores americanos estava novamente entre nós.Desde 1941 até aos dias de hoje que o Capitão América tem defendido os seus ideias, este é o ano em que o homem que simbolizava o sonho Americano, morreu.

[SPOILERS]

Mas não é possível falar da morte deste herói, sem falar primeiro de “Civil War”, a mais recente saga épica da Marvel e onde os eventos que conduziriam à sua morte realmente começaram.Imaginem um programa de televisão como o “COPS”, só que em vez de câmaras de TV a seguir polícias durante o seu trabalho iriam seguir Super Heróis, neste caso em particular o grupo conhecido como “Os Novos Guerreiros”. Mais uma referência aos tempos em que vivemos, onde os programas voyeurs são cada vez mais populares.O problema dos Super Heróis, é que implicam a existência de Super Vilões e certo dia durante um dos episódios do programa que falava, “Os Novos Guerreiros” encontraram um grupo de vilões entre os quais estava o Nitro (Nitro é um vilão com o poder de explodir e posteriormente reagrupar as moléculas do seu corpo). Numa tentativa de aumentar as audiências, decidiram tentar prender este grupo sozinhos, em vez de contactarem equipas mais especializadas. Para escapar a uma eventual captura Nitro usa o seu poder ao lado de uma escola e o resultado é devastador, com a morte de centenas de crianças a passar em directo na televisão.O incidente em causa foi a gota de água necessária, para que o Governo dos Estados Unidos ordenasse a aprovação da lei de registro obrigatório para Super Humanos. De agora em diante todos aqueles que possuírem Super Poderes serão obrigados a registrar-se sob pena de prisão. É estritamente proibido o exercitar da função de Super Herói, sem o total supervisionamento do Governo. Ser um Super Herói será mais uma profissão do estado, com direito a férias e pensões, porém todos aqueles que recusarem e continuarem a actuar na sombra serão severamente punidos pela lei.Obviamente que a aprovação desta lei iria ter consequências drásticas, uma vez que as opiniões dos heróis variam entre eles. Alguns pensam que os tempos mudaram, que a população já aguentou demasiado tempo este jogo de máscaras e que está na altura de fazer as coisas de outra maneira. Por outro lado há o grupo que defende as máscaras como uma tradição e que o simples facto de revelarem a sua identidade, pode por em perigo aqueles que mais amam.
O Capitão América é o homem escolhido para liderar um grupo cuja missão é a de prender todos os Super Humanos que se recusarem a registrar. Afirmando que jamais vai perseguir aqueles que arriscam as suas vidas todos os dias a defender o País, recusa a oferta e cria um movimento de resistência “anti-registro”.É Tony Stark (Homem de Ferro) quem acaba por ser o rosto desta lei. Ele tem uma visão para o futuro, a criação de uma equipa de Super Heróis legalizada em todos os Estados, criando assim uma América mais segura para todos.Uma vez que os dois grupos apresentam pontos válidos, alguns dos heróis simplesmente optam por se afastar deste conflito, como é o caso do Doutor Estranho, o feiticeiro mais poderoso da Terra e talvez o único homem com o poder de terminar esta guerra, mas que opta por se afastar e deixar a decisão nas mãos dos seus companheiros.Numa tentativa de ganhar vantagem e vencer esta guerra o mais cedo possível, Tony Stark e Reed Richards (Senhor Fantástico) começam a recrutar super vilões para a sua equipa e a construir um Super Robot, com poderes similares aos de Thor.Em uma das batalhas este Super Robot acaba por assassinar Golias um aliado do Capitão América, mas antigo amigo de todos. Tal acção foi responsável pelo abandono de alguns dos membros do movimento “pró-registro”, entre eles o Homem Aranha, a Mulher Invisível e o Tocha Humana, que optam assim por se aliar ao lado do Capitão América. Até o Punisher, um vigilante sem poderes que se manteve afastado desta guerrilha, se alia ao Capitão quando descobre que Tony Stark usa Super Vilões na sua missão, algo que ele não pode tolerar. Pessoalmente não gostei da forma como retrataram partes do Iron Man, parecem querer culpabilizá-lo de vários actos, mas na realidade a sua opinião é bastante válida. Não é qualquer pessoa que simplesmente por ter poderes pode armar-se em Super-Herói, por muitas boas intenções que tenham, podem causar mais estragos do que emendas. Tony tem uma visão que tem o seu fundamento e a sua importância além de que ele nunca foi um lacaio do Governo indo contra as suas decisões mais rapidamente que o Captain America. Contudo quando começa a contratar super-vilões e a criar réplicas do Thor, acaba por perder-se no seu caminho, as ideias dele até podem ter boas intenções, mas disso está o Inferno cheio. Aqui a personagem do Aranha demonstra bem o que está a acontecer. No início junta-se ao Iron Man porque partilha da sua visão (numa cena tão surpreendente que até duvidamos dela), mas após o desenvolvimento dos acontecimentos que culminam na já mencionada morte de um deles, Peter Parker vê-se obrigado a mudar de equipa.
Durante uma batalha severa entre as equipas, em que o lado do Capitão América estava prestes a vencer, este apercebe-se dos estragos que ele e a sua equipa têm causado na cidade e mais importante, vê nos olhos do povo que eles apoiam o movimento “pró-registro” e não o seu. Nesse instante o Capitão manda recuar os seus homens e entrega-se às autoridades, terminando a guerra.Acusado de múltiplos crimes é assassinado a caminho do tribunal de justiça, no que aparenta ser um plano de vingança do seu mais antigo inimigo, o Caveira Vermelha.No tempo em que o Capitão América lutava contra os Nazis era fácil saber qual o lado correcto e quem eram os “bons”. Nos dias de hoje essa divisão entre o bem e o mal é cada vez mais difícil de distinguir.Nas próprias palavras da editora, a estória foi escrita como uma alegoria aos acontecimentos do acto patriótico, da guerra ao terrorismo e dos ataques do 11 de Setembro.Numa América que actualmente é mais criticada do que amada, não se terão perdido ao longo do caminho alguns dos valores que eram simbolizados por este personagem? Mais do que a morte de um herói, não terá sido a morte de um símbolo?Resta-nos agora saber se esta morte será permanente ou mais uma estratégia, como aconteceu com “A morte do Super-Homem” há alguns anos atrás. Pessoalmente tenho a certeza que daqui a uns anos ele voltará, afinal de contas isto é banda desenhada e alguns heróis voltam sempre.Publicado originalmente em Rua de Baixo (Abril de 2007) por José Gabriel Martins (Loot)

Always on my mind

Maybe I didnt hold you

All those lonely, lonely times

And I guess I never told you

Im so happy that you're mine

If I made you feel second best,

Im so sorry, I was blind


You were always on my mind

You were always on my mind



Little things I should have said and done

I just never took the time

You were always on my mind

You were always on my mind

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Portishead ao vivo

Parece que 2008 vai ser também um grande ano para concertos. Agora é a vez de "Portishead"!!!!
Os concertos estão marcados para os dias 26 e 27 de Março, no coliseu do Porto e de Lisboa, respectivamente.
Os preços dos bilhetes encontram-se entre os 26 e os 35 euros no porto e os 32 e 35 euros em Lisboa.
Decidir os concertos a que ir é que vai ser complicado e ainda estou à espera da confirmação dessa mítica banda que são os Led Zeppelin. Mas sobre eles falarei mais tarde esta semana.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Os 10 Filmes de 2007

Achei que já não valia a pena adiar mais a lista dos 10 melhores filmes que vi estreados em 2007, uma vez que muito dificilmente terei a oportunidade de ir ao cinema ver "Paranoid Park" de Gus Van Sant e "Redacted" de Brian de Palma.
Foram apenas 23 filmes ao todo e um deles visto em 2008 em DVD.
Ficaram por ver além dos já mencionados acima, "Le Scaphandre et le papillon" de Julian Schnabel um realizador que me chamou a atenção logo com o seu primeiro filme "Basquiat" e cuja carreira tenho seguído atentamente (também só tem mais um filme além destes), "Death Proof" de Quentin Tarantino, "Half Nelson" de Ryan Fleck, Little Children de Todd Field, entre muitos outros.


7 - Apocalypto

Um filme sobre a queda da civilização Maia que culmina num final extremamente simbólico.
Mel Gibson tornou-se num realizador extremamente alucinado e gore e em "Apocalypto" eu gostei desse conjunto. Gostei dos seus devaneios e como estes que venham mais e melhores.


6 - 300


Penso que iria sempre gostar deste filme, mas a verdade é que tem um gosto especial por vir da famosa banda desenhada de Frank Miller.
"300" é um fabuloso exercício de estilo, é como esperaríamos que as cores de Lynn Varley ganhassem vida num ecrã de cinema e nesse sentido "300" não poderia desiludir.


5 - A Scanner Darkly

Ainda bem que a carreira de actor não é curta como a de futebolista, se não Robert Downey Jr. poderia ter sido o Maradona da representação. Felizmente podemos continuar a vê-lo brilhar em vários papeis e em "A Scanner Darkly" os diálogos entre a sua personagem e a de Woody Harrelson são delirantes.
Richard Linklater já tinha usado a técnica de rotoscopia em "Waking Life", mas foi neste filme que a vi ser usada pela primeira vez e gostei bastante, combinando muito bem com a estória de Philipe K. Dick.


4 - Zodiac

Adoro o trabalho de David Fincher, "Fight Club" é um dos meus filmes de culto, por isso aguardo qualquer obra deste realizador com grandes expectativas.
Zodiac é um regresso do realizador aos thrillers policiais, mas numa abordagem bastante diferente da que tinha usado em "Seven".
Este é o filme que aborda a investigação criminal exaustiva sobre o assassíno em série que atormentou São Francisco na décade de 60/70 e se apelidava de "Zodiac".


3 - Mysterious Skin


“Um não se consegue esquecer, outro não se consegue recordar”.
Um retrato inquietante da juventude, onde são abordados temas que vão desde a pedofilia até ao rapto por extraterrestres.
Um filme de 2004, que apenas chegou às salas portuguesas em 2007. É uma pena que muitos filmes de grande qualidade não passem pelas nossas salas, a "Mysterious Skin" ia-lhe acontecendo isso.
Neste filme Joseph-Gordon Levitt volta a mostrar que é um actor de peso e um nome a ter em atenção no futuro. Já o ano passado tinha salientado a sua representação em "Brick" outro filme magnífico.


3 - Control

O filme porque todos os admiradores de Joy Division estavam à espera.
Baseado na autobiografia de Deborah Curtis, Anton Corbijn conseguiu criar um dos melhores biopics de sempre sobre um músico, neste caso sobre o tão humano Ian Curtis.
Um filme de um enorme realismo sobre uma das bandas mais influentes de sempre. Todos os que já gostavam desta banda, de certeza que vão adorar o filme e aqueles que não conheciam muito provavelmente vão querer depois de abandonar a sala de cinema.


2 - Eastern Promisses
A representação nua e crua da máfia Russa em Londres é o mais recente projecto de David Cronemberg.
À semelhança do anterior ("A History of Violence"), este é um regresso em grande de um dos maiores cineastas de todos os tempos.
E o que dizer da química entre Cronemberg e Viggo Mortensen? A confiança e dedicação entre eles é notória e esperemos que continue a dar frutos no futuro como tem dado até agora.
"Eastern promisses" contém muito possivelmente também a melhor cena de pancadaria de 2007.


2 - Letters From Iwo Jima

Um retrato poderoso da batalha de Iwo Jima, contado através do olhar do Japão.
Clint Eastwood já provou várias vezes que não irá ser apenas recordado pela sua carreira de actor.
"Letters of Iwo Jima" é quanto a mim um dos seus trabalhos mais bem conseguídos na cadeira de realizador.


2 - El Laberinto del Fauno

Foi com este filme que descobri o universo mágico de Guillermo del Toro e fiquei apaixonado.
Uma fábula para adultos, foi apelidado por alguns, e percebe-se porquê. É cruel quando tem de o ser e ao mesmo tempo doce, ternurento.
Sem dúvidas um dos melhores do ano passado.


1 - The Fountain

Tanto "Requiem for a Dream" como "The Fountain" foram das maiores experiências sensoriais que tive em cinema. Ambos apelam a sentimentos diferentes, mas ambos cumprem em perfeita sintonia o seu objectivo que é o de sentir.
"The Fountain" é um filme muito pessoal, é a visão de Darren Aronofsky do amor e da morte. Por isso, mesmo quando vários problemas surgiram ao longo da realização do filme (chegou a ser cancelado e tudo) Aronofsky não desistiu até terminar a sua estória ("finish it"). Reescrevendo o guião e baixando orçamentos, não descansou até o conseguir.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

4 luni, 3 saptamani si 2 zile & Atonement - Trailers

Como já se sabe 2008 é um ano que promete muito cinema de grande qualidade e como se pode ver desde a primeira semana de Janeiro que não param de estrear obras extremamente apelativas.
Esta quinta estreiam mais dois.


O primeiro é um filme Romeno, chama-se "4 luni, 3 saptamani si 2 zile" (4 meses, 3 semanas e 2 dias) e foi o vencedor da Palma de ouro em cannes.
Cliquem na imagem para ver o trailer.


O segundo é Americano e foi o vencedor do Globo de Ouro para melhor filme dramático, trata-se de "Atonement" (Expiação).
Cliquem na imagem para ver o trailer.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Cão da Morte ou como a estória do capuchinho vermelho não devia ser contada às crianças


Os "Mão Morta" são uma das minhas bandas predilectas.
Têm um som muito próprio e são uma banda de extremos, ou se gosta muito ou se detesta.
Muitos músicos passado 20 anos de carreira, acabam por repetir-se, perder aquela energia de início de carreira e diria até estagnarem musicalmente, o que acaba por ser normal.
Já os "Mão Morta" passados 20 anos continuam a lançar álbuns aliciantes e prova disso foi o seu último trabalho "Nús".
Hoje decidi colocar aqui um dos meus vídeos favoritos desta banda, que pertence ao álbum "Primavera de Destroços".
A música é a "Cão da Morte" e o vídeo conta com a participação de Pedro Laginha, que mais tarde se juntaria a membros dos "Mão Morta" e formaria a banda "Mundo Cão", um projecto também deveras interessante cujas letras são de Adolfo Luxúria Canibal (vocalista dos "Mão Morta").

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Salazar, Agora na hora da sua morte (com entrevista a João Paulo Cotrim)

Como actualmente a página da "Rua de Baixo" não está a funcionar tenho colocado aqui os textos que lá escrevi sobre BD e a que fazia referência na barra lateral, para poderem estar novamente disponíveis ao acesso de qualquer um enquanto a RDB não regressar efectivamente.
Este texto e entrevista foram publicados juntos no mesmo ficheiro e por isso decidi manter a estrutura inicial.
Volto a salientar que todos estes textos foram escritos por mim mas publicados originalmente na RDB e deixo um especial agradecimento a João Paulo Cotrim por ter aceitado responder às minhas perguntas.
Penso que em breve poderei anunciar mais notícias sobre a situação actual da RDB, fica agora apenas o aviso de que o regresso está marcado para este ano.
Sem mais demoras aqui ficam os textos:


Salazar, Agora na hora da sua morte

A história de António de Oliveira Salazar contada por João Paulo Cotrim e Miguel Rocha de uma forma melancólica e cinzenta que apenas é possível em banda desenhada.
Os autores tentam afastar Salazar do estatuto de mito que adquiriu e propõe apresentar-nos o homem. Um homem com uma visão de um país e como este se foi perdendo no caminho para a atingir.
J.P. Cotrim faz um trabalho excelente nesta biografia, conseguindo em cerca de 200 páginas contar a história do ditador, desde a sua infância até à sua queda no poder. Assistimos assim a uma viagem guiada sobre os momentos mais marcantes da vida de Salazar e sobre os momentos “chave” na história de Portugal, relacionados ao seu regime.
A nível gráfico é uma obra sublime, Miguel Rocha dispensa apresentações e mais uma vez volta-nos a surpreender, neste trabalho algo futurista, no sentido em que todo o desenho foi feito a computador, utilizando fotografias e recortes de jornais.
O livro começa por criar um retrato da sua infância em Santa Comba Dão, terra onde nasceu. Em criança é desenhado com um rosto velho em uma alusão ao “menino velho”, pois Salazar nasceu velho, viveu velho e morreu velho.
Dizem que a cadeira do poder é um local solitário e é assim que Salazar é retratado ao longo do livro, um homem sozinho. Apesar de nunca ter casado, podemos conhecer algumas das mulheres que tiveram maior impacto na sua vida, nomeadamente Christine Garnier, que escreveu “As Minhas Férias Com Salazar” em 1952. Nessas férias existiram rumores de uma possível relação entre os dois, como é salientado no livro quando ela pergunta: “Dizem que durmo com ele?”.
É um livro carregado de pormenores que se misturam entre a letra e o desenho, o que se por um lado contribui para o tornar uma obra ainda mais aliciante, por outro exige um certo conhecimento da história de Portugal durante o Estado Novo, para uma maior compreensão.
Desde a forma como é retratada a cena em que Salazar consegue a neutralidade do País na Segunda Guerra Mundial, passando pela expulsão do coreógrafo Maurice Béjart durante a actuação da sua peça “Ballets du XX.e Siècl”, ou da célebre frase “Obviamente demito-o” de Humberto Delgado quando lhe perguntaram o que faria a Salazar se vencesse as eleições, os pormenores são imensos e alguns talvez permaneçam para sempre por descobrir.
J.P. Cotrim é jornalista free-lancer e colaborador do Expresso. Dirigiu a Bedeca de Lisboa entre 1996 e 2002 e foi director do salão Lisboa de ilustração e banda desenhada durante as suas quatro primeiras edições. Já fez um pouco de tudo em escrita, sendo o autor de vários livros como, “Stuart – a rua e o riso”, “Tango” ou “Travessa do calado”. Escreveu guiões para filmes de animação, “Algo importante” e “Um degrau pode ser um mundo”. Escreveu também livros infantis como “S. Vicente e os corvos”, “Canção da onda, da rocha e da nuvem” e “Viagem no branco”. Em banda desenhada já trabalhou com Pedro nora em “Woody Allen”, com Pedro burgos em “À esquina”, e “Nós somos os Mouros” em uma colaboração de vários autores.
Miguel Rocha juntamente com Jorge Andrade escreveu as peças “Hard” e “Philatelie”. Em banda desenhada trabalhou em “O tempo das papoilas”, “Os touros de tartessos”, “A vida numa colher”, “Março”, “As pombinhas do Sr. Leitão”, “Dédalo” e “Bord d´água”. Foi também o autor do cartaz oficial do Euro: 2004.
“Salazar agora na hora da sua morte”, foi o grande vencedor do 17º festival internacional de banda desenhada da Amadora (FIBDA), tendo arrecadado os prémios de melhor álbum, melhor argumento, melhor desenho e o prémio do público jovem. Sem dúvida uma obra a descobrir.


Entrevista a João Paulo Cotrim

Rua de Baixo: Como e quando é que surgiu a ideia de retratar em banda desenhada a história de António de Oliveira Salazar? E porquê ele?

João Paulo Cotrim: A ideia nasceu de um convite da editora, a Parceria A.M. Pereira, a qual possui uma longa tradição de edições em torno de Salazar, que continuou de um modo mais crítico depois do 25 de Abril. Qualquer abordagem criativa do ditador não estava nem nos meus planos, nem nos do Miguel Rocha, mas ao reflectirmos um pouco percebemos, não sem perturbação, que o fantasma de Salazar estava ainda demasiado presente na vida de alguém que tinha 10 anos por alturas do 25 de Abril de 1974.

RDB: O livro foi “acusado” de ter humanizado demasiado o ditador? Qual a sua opinião sobre esta frase?

JPC: É uma estranha acusação, tem em conta que é de um homem que se trata e não de um mito, de um fantasma ou de um extra-terrestre. Enquanto não o retirarmos do pedestal em que as várias propagandas, de direita como de esquerda, o têm o colocado, não nos livraremos nunca das suas mais perigosas ideias e heranças.
A nossa única auto-condição foi respeitá-lo enquanto personagem, uma vez que se trata de romance desenhado, assumindo as nossas visões, mas tentando escapar dos preconceitos. Interessava-nos, para o melhor e para o pior, entrar naquela cabeça.

RDB: Durante a infância ele é retratado como o “menino velho”, porquê esta decisão? Terá Salazar nascido e vivido sempre “velho”?

JPC: Algumas descrições de amigos de infância descrevem-no assim, menino fechado em si, tímido e super-protegido. Esta é uma das grandes potencialidades da banda desenhada: sem afectar grandemente a personagem ou a narrativa, criar traços significativos visualmente, pequenos ícones.


RDB: É notório que houve uma pesquisa bibliográfica exaustiva, não só na narrativa, mas também na arte com imagens desse tempo. Poderia descrever um pouco como foi o processo de criação de esta obra?

JPC: Foi método muito conversado, primeiro em torno das nossas imagens de Salazar, do que conhecíamos do período, etc.. Em seguida, e à medida que íamos investigando, para contar das descobertas (mais gráficas e visuais, as do Miguel). Finalmente, a estrutura foi-se-nos impondo. Aprofundei-a depois que, uma vez mais conversei com Miguel, até chegar à divisão por capítulos que o Miguel, pelo seu lado, tratou de planificar com muito detalhe. Só depois o texto final nasceu. Foi, portanto, um caso muito raro de entendimento entre dois criadores.


RDB: Vencedor de quatro prémios no FIBDA, o de melhor álbum, melhor argumento, melhor desenho e prémio do público jovem. O que pensa de todo este “furor” existente à volta deste projecto? Pessoalmente acho que todos os elogios são merecidos e é bom ver tanto contentamento em redor de um projecto nacional de Banda desenhada, não é comum.
No entanto considera que a escolha de Salazar ajudou no sucesso do livro?

JPC: Para além das qualidades e defeitos da obra, que não me cabe aqui avaliar, mas que me parece ainda assim algo difícil, creio que há certamente um efeito surpresa no tema e na figura. Infelizmente, é comum o estereótipo de que certos temas ou figuras não podem ser tratados pela banda desenhada.

RDB: Existem muitas referências no livro que podem passar despercebidas aos menos familiarizados com a biografia de Salazar, nomeadamente cenas de Humberto Delgado, ou Maurice Béjart. Aconselha algum tipo de leitura em particular, antes de ler este livro?

JPC: Antes, nenhuma a não ser os romances de José Cardoso Pires, José Rodrigues Miguéis, Aquilino Ribeiro, Carlos de Oliveira, Jorge de Sena, Manuel da Fonseca ou a poesia de Alexandre O’Neill, entre outros.
Depois, há muita informação e de leitura fácil em «António de Oliveira Salazar», de Joaquim Vieira, na colecção Fotobiografias do Século XX.

RDB: Recentemente Salazar foi o grande vencedor do programa “Os grandes Portugueses”. Qual a sua opinião em relação a esta vitória polémica?

JPC: Resulta exactamente de tratarmos ainda Salazar como um mito, de termos receio de nos confrontarmos com o modo como ele nos leu enquanto povo e nação, da excessiva presença de vírus salazarentos como o paternalismo do estado, a ausência de sociedade civil ou o horror à política.

RDB: Será que Salazar é fruto do sistema ou o seu criador?

JPC: Por muito que nos custe, cada sociedade tem os governantes que merece (ou permite). Salazar é fruto daquele foi o seu tempo e a nação nesse tempo. Criou depois, como uma obra-prima autista, um sistema que queria perfeito. Foi estéril, o sistema, que nos atrasou décadas, e a figura, que ainda nos atormenta como fantasma.


RDB: Quais são as suas maiores influências em banda desenhada?

JPC: De Bordalo Pinheiro a Muñoz e Sampaio, de George Herriman a Breccia, de Seth a David B, de Art Spiegelman a Franquin, de Hernández Cava a Goscinny são muitas e variadas.


RDB: Existem projectos para o futuro?

JPC: Sim, no imediato estou a trabalhar noutro romance desenhado com o Pedro Nora, desta vez com uma história em torno de anarquistas.

RDB: Para terminar pergunto, quais são as “flores que devem ser regadas”?

JPC: Só ao leitor cabe decidir…



Texto e entrevista publicados originalmente em Rua de Baixo (Abril de 2007) por José Gabriel Martins (Loot)

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Cassandra´s Dream - Trailer

E esta semana estreia mais um dos muitos filmes por mim esperados.
É a vez de "Cassandra´s Dream", o último de Woody Allen, chegar às salas portuguesas.
Cliquem na imagem para ver o trailer.
Como sou um verdadeiro cavalheiro deixei a Cube escolher o filme que vamos ver este fim de semana e parece que vai ser este (ok eu confesso deixei escolher de entre uma lista de quatro filmes seleccionados por mim).

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Terminator VS Robocop


Descobri este vídeo por acidente e fiquei impressionado com a forma como está editado, ficou muito bom.
Além dos dois titãs em questão, há também uma participação especial bastante engraçada.
Infelizmente o final é bastante pateta, mas sempre dá para dar uma gargalhada.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Death: The High Cost of Living

Quando Neil Gaiman escreveu a saga “Sandman”, sobre Morpheus o Senhor do Mundo dos Sonhos, criou uma das maiores obras-primas da literatura em geral e da banda desenhada em particular. Mundialmente aplaudida, esta série mensal que durou entre 1988 e 1996 sempre esteve destinada, na mente do seu criador, a ter um princípio e um fim.
Porém este mundo fabricado por Neil Gaiman é vasto e grandioso e a possibilidade de publicar outras estórias aproveitando a imensidão de personagens criadas ao longo da série era um caso completamente diferente. Assim livros como “Lúcifer”, “The dreaming” e “Destiny: A Chronicle of Deaths Foretold” foram surgindo ao longo dos anos, alguns até escritos novamente pelo próprio autor original, como dois sobre a personificação da Morte. Este mês fui buscar precisamente o primeiro desses livros de nome “Death: The High Cost of Living”.
Penso que para todos os que leram “Sandman” este livro não surgirá como uma surpresa, afinal de contas é claro o carinho que o autor nutre por esta personagem.
A Morte é a irmã mais velha de Morpheus, mais velha porque as pessoas ao nascer têm primeiro a possibilidade de morrer do que de sonhar. Tem a forma de uma jovem muito bela sempre vestida de preto num estilo gótico e usa ao pescoço um Ankh. Não deixa de ser irónico que este símbolo Egípcio usado pela personificação da Morte simbolize na verdade a vida e a alma. “Um dia em cada século a Morte assume um corpo mortal, para melhor compreender o que sentem as almas levadas por ela e assim provar o gosto amargo da mortalidade. Este é o preço que tem de pagar por ser a divisora dos vivos de tudo o que veio antes e de tudo o que há-de vir”.
É com base nesta antiga profecia que a estória de “Death: The High Cost of Living” se baseia. Chegou novamente a altura de, como tem acontecido ao longo dos séculos, a Morte assumir um corpo mortal e passar um dia entre os vivos. São muitos os que aguardam ansiosos por este momento, é uma oportunidade que apenas se apresenta de 100 em 100 anos e para muitos essa espera tem sido longa de mais.
Durante esta estória ela será conhecida entre os Homens como Didi, uma jovem que perdeu recentemente a sua família num acidente. Mad Hettie é a primeira a reconhecê-la como a personificação da morte, e rapidamente a aborda na esperança de que esta lhe conceda o favor de encontrar o seu coração há muito perdido.
Sexton Furnivale é um rapaz de 16 anos que perdeu a vontade de viver, simplesmente porque não acredita que haja um propósito na vida. Certo dia enquanto escrevia a sua carta de suicídio, foi interrompido pela sua mãe e forçado a sair de casa para que esta pudesse iniciar as limpezas da casa. Mal ele sabia que o seu caminho se iria cruzar justamente com quem ele procurava, a Morte.
É claro que apesar de Didi se auto intitular como a personificação da Morte, Sexton sempre pensou que fosse apenas mais uma rapariga com sérios problemas mentais, muito provavelmente derivados do trauma que é perder os pais num acidente. Mesmo assim, e porque a alternativa poderia sempre esperar, Sexton acompanhou Didi nesta jornada, que se a principio aparentava ser apenas pela busca de um coração, no fim se revelou como uma viagem de auto-descoberta.
Muitos de nós só descobrem o verdadeiro valor da vida quando “caminham lado a lado com a Morte”, para Sexton estas palavras foram literalmente verdade.
“Death: The High Cost of Living” pode não partilhar o brilho e a criatividade de “Sandman”, mas será sempre mais uma boa oportunidade de recordar ou descobrir este mundo mágico que existe na mente de Neil Gaiman.


Publicado originalmente em Rua de Baixo (Março de 2007) por José Gabriel Martins (Loot)

segunda-feira, janeiro 07, 2008

O regresso de Knight Rider


Antes de chegar ao cinema, o famoso carro que fala vai regressar dia 13 de Fevereiro num telefilme. Caso o telefilme em questão tenha sucesso será o ponto de partida para uma nova série de "Knight Rider".

Em relação ao carro, sofreu como seria de esperar algumas alterações.

O que antes era conhecido por isto:


Agora vai ser conhecido por isto:


Pessoalmente continuo a preferir (e muito) o KITT antigo, nem tenho grandes esperanças neste filme, mas não podia deixar de falar neste carro que tanto gostava quando era miúdo.

Este novo KITT é um Ford Mustang GT500KR, uma marca diferente da escolhida para o carro antigo um Pontiac Firebird Trans Am.
Existiam rumores de que o novo modelo seria outro, um Koenigsegg CCX e que resultaria em algo assim:
Como no poster não dá para ver muito bem deixo uma imagem do Koenigsegg CCX original.

Para terminar, a voz deste novo KITT será a de Will Arnett, o Gob, dessa série de culto que é "Arrested Development".

sexta-feira, janeiro 04, 2008

A History Of Violence

Imagina que um dia entras no supermercado e te deparas com um homem que começa a disparar sobre toda a gente. Olhas para o chão e ao lado do cadáver de um polícia está uma arma de fogo. Tens agora uma janela de oportunidade, podes pegar na arma e terminar com tudo salvando o resto das pessoas, ou então podes ficar imóvel, deitado no chão à espera que tudo acabe. Falta pouco para seres visto, tens de decidir rápido! Enquanto pensas pessoas continuam a ser mortas, a pressão aumenta, ele está quase a descobrir-te, é agora ou nunca, tens de escolher! Quando dás por ti essa oportunidade passou e não conseguiste fazer nada, ou será que conseguiste?
É com este género de situações que John Wagner nos aborda no prefácio deste livro, questionando-nos sobre como pessoas comuns, pessoas como eu e tu reagiriam em situações extraordinárias. Nas suas próprias palavras, sempre detestou introduções que divulgassem metade da estória, preferindo que os eventos sejam uma surpresa tanto para as suas personagens como para o leitor. E por isso é óbvio que nenhuma destas situações extraordinárias fazem parte de “A History of Violence”.
A estória tem início em uma pequena cidade no Michigan. Tom McKenna é um cidadão local, gere um pequeno restaurante, é casado e tem dois filhos, aparentemente uma pessoa comum como outra qualquer. Num determinado dia, a monotonia do dia-a-dia é quebrada quando dois indivíduos decidem assaltar o seu restaurante. Com uma arma apontada à cabeça, ele sabe que tem apenas duas escolhas, matar ou morrer. Tom não hesita em escolher a primeira.
Após o sucedido a vida de Tom nunca mais será a mesma, passando de simples cidadão a herói local, é constantemente perseguido pela atenção da imprensa, atenção essa que acabará por despertar um passado há muito esquecido.
No dia seguinte, três estranhos aparecem no restaurante à procura de Tom. Três mafiosos de Nova Iorque que reconheceram a sua foto na televisão. O mais velho, Mr Torrino, veste um fato preto e usa óculos escuros para tapar um olho ferido, segundo ele, Tom não é o homem que afirma ser, mas antes um antigo conhecido seu de nome Joey. Apesar de este negar qualquer ligação a esse homem, Mr. Torrino está bastante convencido do contrário, pois podem ter passado 20 anos desde a última vez que o viu e até a sua visão não ser a mesma de antigamente, mas o facto de tanto Tom como Joey terem perdido um dedo, leva-o a pensar de outra forma. Extasiante a cena em que Torrino mostra o dedo de Joey guardado num frasco à volta do seu pescoço, quase que pensamos que vai ser uma cena como em Cinderela, só que em vez de provar sapatos, usamos dedos humanos.
Durante este primeiro capítulo do livro observamos a pressão exercida na vida de Tom por estes três mafiosos que procuram desesperadamente provar se ele e Joey são ou não a mesma pessoa.
Porém, ao contrário do que possa aparentar, o objectivo desta estória não é o de descobrir se Tom é ou não a pessoa mencionada, isso é bastante claro desde o princípio, não estamos perante esse tipo de mistério, nem dos jogos psicológicos que lhes estão associados. Mas Tom tem de facto um mistério e isso sim é o que se pretende desvendar ao longo da narrativa. Algo aconteceu há muito tempo atrás e Tom tem uma estória por contar, a sua “História de violência”.
Em 2004 “A History of Violence”, foi adaptado ao grande ecrã pelas mãos do genial David Cronenberg e com argumento de Josh Olson. Usando o livro de banda desenhada como influência, mas sabendo respirar e viver fora dele, “A History of Violence” resultou numa obra cinematográfica sublime e em uma das melhores adaptações de uma novela gráfica ao cinema.
John Wagner é conhecido pelo seu trabalho em “Judge Dredd”, que curiosamente também já foi adaptado ao cinema, num filme protagonizado por Sylvester Stallone, onde infelizmente o produto final não foi tão positivo.
O desenho está a cargo de Vince Locke, artista que trabalhou em “Sandman – Brief Lives”, e que opta aqui por usar um desenho cru, a preto e branco, não enveredando pelo caminho óbvio do vermelho sangue.


Publicado originalmente em Rua de Baixo (Fevereiro de 2007) por José Gabriel Martins (Loot)

quarta-feira, janeiro 02, 2008

The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford - Trailer

Desde a primeira vez que ouvi falar neste filme que fiquei muito curioso em saber o que iria sair daqui.
Hoje em dia sabemos da existência dos filmes muito antes de estes estrearem e com o tempo acabei por me ir esquecendo dele. Ao navegar pela net, como quem não quer nada, acabei por descobrir que o filme estreia hoje em Portugal.
Ainda queria ver alguns de 2007 antes que saíssem do cinema, tais como "Paranoid Park" e "Redacted", mas dúvido que o tempo e o dinheiro dê para tudo.
Cliquem na imagem para ver o trailer.
Não tenho playstation, mas gosto muito de jogar o Buzz, gosto de todos menos do de desporto que ainda não experimentei, mas verdade seja dita a curiosidade também não é muita.
Na véspera de ano novo experimentei pela primeira vez um jogo de karaoke para esta consola. Estava aterrorizado pois tenho muita vergonha de cantar e dançar em público e ainda para mais estava a jogar com pessoas que não conhecia. Mas como não queria ser o desmancha prazeres, lá fiz o esforço e aderi.
A verdade é que acabou por ser um experiência muito engraçada e até fiquei com vontade de repetir.
O que custa mais são as primeiras, depois quando já estava mais "à vontade" foi só diversão onde um dos meus momentos preferidos foi quando cantámos esta:


A-ha "Take On Me"

É evidente que os agudos foram os melhores momentos da noite.