sexta-feira, janeiro 30, 2009

Samuel Úria - Em Bruto

Em 2008 Samuel Úria lança o EP “Em Bruto”. Nas palavras do próprio trata-se de uma “compilação de temas marginais e desalinhados”. No fundo estamos perante uma breve retrospectiva da sua carreira que acaba por funcionar como uma entrada para o prato principal que chegará este ano com o seu novo álbum.
A canção “Segreguei-te ao Ouvido” não é mais do que um breve aperitivo que abre as hostes para Samuel Úria entrar em modo neo-retro-redneck em “Teimoso”, uma das minhas predilectas, gravada para o programa “Portugália” de Henrique Amaro na Antena 3. De seguida, surge a vez de “Ossos do Oficio” o seu momento “António Variações” onde utiliza um sample da autoria dos Hot Chip. Na recta final temos “Barbarella e Barba Rala”, uma das mais populares, que antecede “Tigre Dentes de Sabre” uma canção composta para Tiago Guillul e a escolhida para fechar em glória esta compilação.
Este EP é mais um lançamento com o selo da Flor Caveira. Esta editora, juntamente com a Merzbau e a Amor Fúria têm crescido a olhos vistos, sendo responsáveis por alguns dos projectos mais interessantes que têm nascido na música portuguesa. Uma nova vaga de folclore e rock n´ roll está a emergir em Portugal e aconselho a todos a estarem muito atentos ao trabalho destas editoras caso não a queiram perder.
O único aspecto negativo que tenho a apontar a “Em Bruto” é a sua curta duração de 16 minutos, que nos deixam a roer as unhas pelo seu próximo trabalho. Produzido pelo autor, por Tiago Guillul e por João Eleutério, foi quanto a mim dos trabalhos mais interessantes do ano passado e merece sem dúvida todos os elogios que tem recebido. Em jeito de conclusão aproveito para salientar que Samuel Úria é definitivamente um dos melhores e mais divertidos cantautores que surgiu em Portugal nestes últimos anos.

Publicado na edição de Janeiro/Fevereiro da revista "The Sound Of A New Generation".

quarta-feira, janeiro 28, 2009

segunda-feira, janeiro 26, 2009

A Marial del Sol passou-me a batata quente de contar 16 factos aleatórios sobre mim.
E aceitando a brincadeira, apresento a lista:

1 – A minha bebida favorita é chocolate quente. Quando estive na Polónia há dois anos viciei-me na marca Wedell e até hoje ando à procura de chocolate quente tão bom como este, mas ainda não encontrei.

2 – Não consigo passar um dia inteiro em casa de pijama.

3- Adoro a neve e desportos relacionados com ela. Adorei Ski quero aprender Snowboard. O problema é que raramente tenho oportunidade.

4 – Consigo mexer as orelhas.

5 – Adoro as portas que a net abriu, mas por vezes tenho saudades dos tempos em que com muito esforço juntava dinheiro para comprar “aquele” álbum que depois ficava meses e meses a rodar na aparelhagem.

6 – Detesto que façam batota durante jogos. Já não encontro alegria em vencer algo se não for merecido. Além disso dizem que tenho mau perder, mas eu nego.

7 – Depois de ver um filme no Cinema, já entrei noutra sala para ver outro de graça. Isto pode envolver estar escondido enquanto o segundo filme não começa.

8 – Normalmente quando não tenho nenhum assunto costumo atirar uns bitaites sobre futebol e desta forma consigo quase sempre por os outros a falar. Até consigo passar por entendido no assunto, quando muitas vezes não faço ideia do que estou a dizer.

9 – Para mim o sentido de humor é um dos traços mais importantes na personalidade de alguém.

10 – Gosto de usar t-shirts de super-heróis, suponho que vá continuar a gostar por muito tempo pois ainda as continuo a comprar.

11 – Tenho receio de andar em carrosséis vertiginosos.

12 – Tenho um péssimo sentido de orientação, isto aliado ao facto de ser incrivelmente distraído, resulta em que esteja constantemente a enganar-me nos caminhos.

13 – Detesto quando as rádios dizem os seus nomes quando uma música está a começar, principalmente quando dizem o nome no tom da canção.

14 – Uma das coisas que me deu mais prazer na vida foi partir à aventura quando fiz o Interail. As viagens de comboio, os países porque passei e as pessoas que conheci ficarão para sempre na minha memória. É uma experiência que aconselho a todos e mal posso aguardar para a repetir.

15 – Quando vi o “Rei Leão” no Cinema a morte do Mufasa deixou-me profundamente triste.

16 – Muitas vezes quando estou a sonhar tenho perfeita noção de que estou dentro do sonho.

Deixo o convite em aberto a todos os que quiserem partilhar desta pequena brincadeira.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Marketing Viral de Watchmen

O mais recente vídeo sobre o filme "Watchmen" é um excerto de um noticiário dos anos 70 onde se aborda a influêcia que o personagem "Dr. Manhattan" tem tido ao longo dos anos. Este é o único personagem com poderes nesta aventura e trata-se de um verdadeiro deus, sendo capaz de manipular matéria ao nível atómico.
O vídeo está muito bem conseguido, recuperando o espírito dos 70.
Reparei também que nele aparece um miúdo com uma T-Shirt do "Blue Beetle", no que penso ser uma homenagem a um dos super heróis em quem Alan Moore se baseou ao escrever "Watchmen", como podem ver mais especificamente no post abaixo.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Influências/Semelhanças #14 - Especial Watchmen

Depois de ter falado sobre as influências na criação de Rorschach chegou agora a vez de abordar o seu melhor amigo, Nite Owl.



Blue Beetle (Ted Kord)


O primeiro personagem a usar o título de "Blue Beetle" foi Dan Garret, criado por Charles Nicholas Wojtkowski e editado em 1939 pela extinta Fox Feature Syndicate. Garret utilizava um colete à prova de balas, descrito como sendo incrivelmente leve e fino e possuia super força temporária através da ingestão da Vitamina 2-X. Tanto o colete como a vitamina 2-X foram criadas pelo Dr. Franz, um personagem que com o passar dos anos acabou por deixar de ser utilizado nas aventuras deste super herói. Mais tarde a editora Charlton Comics, adquiriu os direitos do personagem e voltou a publicar as suas histórias. No início da "Idade de Prata dos Comics" a editora decidiu reinventar este herói a fim de lhe dar uma nova utilização. Este "novo" Blue Beatle manteria o nome Dan Garrett (agora com um t extra) mas a sua origem e poderes seriam completamente distintos. Este herói seria agora um arqueólogo que durante uma expedição no Egipto, encontrou uma Scarab mística que lhe concedia poderes como voar, super força, super visão e a habilidade de criar raios eléctricos sempre que proferia as palavras "Kaji Dha". Esta versão foi criada por Joe Gill e Tony Tallarico.
Em 1966 surgiu um novo "Blue Beetle", Theodore "Ted" Kord da autoria de Steve Ditko (esse mesmo o autor de Mr.A e The Question). Ted era um estudante de Dan Garrett que aliou forças ao seu antigo professor para juntos combaterem o tio de Ted, Jarvis que planeava dominar a Terra através de um exército de androides. Garrett foi morto em combate passando o manto de "Blue Beetle" a Ted, infelizmente não chegou a passar os poderes da Scarab. Sem qualquer tipo de poderes este novo Blue Beetle era muito diferente do deu antecessor. No entanto o que lhe faltava em força Ted compensava com a sua acrobacia e génio. Psicologicamente e na forma como luta este herói recorda-nos por vezes o Spiderman, algo que não é de estranhar quando sabemos que Ditko foi o co-criador do aranhiço. Por outro lado Ted possui há semelhança de Batman um arsenal de gadgets e maquinaria invejável.
Como já tinha referido na rubrica anterior a Charlton Comics foi adquirida pela DC Comics em 1985. De forma a introduzir os personagens da antiga editora no seu Universo, a DC aproveitou o seu mega evento "Crisis on Infinite Earths" .
O futuro deste Blue Beetle na nova editora seria maioritariamente passado, na "Liga da Justiça", o grupo de super heróis ao qual viria a aliar-se. Um dos momentos mais críticos da sua carreira foi durante a BD "Death Of Superman", onde quase perde a vida ao lutar contra o terrífico Doomsday. Ao recuperar do coma em que havia sido deixado, Ted consegue assim assegurar mais uns bons anos de vida na BD, mas o dia da sua morte era iminente e acabaria por acontecer na saga "Countdown to Infinite Crisis" durante a qual é capturado e executado, enquanto tentava desvendar informações sobre a organização de Maxwell Lord. O seu melhor amigo, Booster Gold juntamente com outros heróis, consegue viajar atrás no tempo para salvar Ted, no entanto este não concorda com a decisão e viaja novamente no tempo para se certificar que morre.
Antes de Ted ser assassinado, a sua Scarab ficou na posse do feiticeiro Shazam. Após a sua morte e destruição do seu lar a Scarab foi parar a El Paso onde foi encontrada pelo jovem Jaime Reyes. Enquanto Jaime dormia a Scarab funde-se à sua coluna vertebral tornando-o no novo "Blue Beetle". A Scarab consegue criar uma armadura protectora em volta de Jaime providenciando-lhe uma variedade de poderes, como a capacidade de criar asas para voar, lâminas, canhões, um satélite, etc. Jaime é capaz de criar armas tão poderosas que podem ferir até o Spectre, uma das entidades mais poderosas do Universo DC.
Este novo Blue Beetle é sem dúvida o mais poderoso de todos, sem falar que também tem um fato mais estiloso.
Optei por falar um pouco de todos os heróis a usar este nome, de forma a dar uma melhor compreensão da origem do herói e do que se passa com ele na actualidade, mas obviamente que o texto é mais centrado em Ted Kord uma vez que é este o personagem que influenciou a criação de Nite Owl e não os outros.


Nite Owl

Dan Dreiberg é na verdade o segundo super herói a usar o nome de Nite Owl, exactamente como Ted Kord havia feito. Ambos são heróis que seguiram as pisadas de outro, neste caso de Hollis Mason o primeiro Nite Owl.
Dan tem um enorme interesse pela ornitologia, o que me levaria a crer que é uma das razões para ter escolhido ostentar a Coruja como símbolo. No entanto como já referi, o nome nem foi escolhido por ele.
Quando falo do Nite Owl costumo referir que ele é uma espécie de Batman em Watchmen, uma vez que não tem poderes e depende apenas da sua técnica e dos seus gadgets para combater o crime. Tal como o Morcego possui vários veículos e escolheu também, como símbolo, uma criatura da noite. No entanto psicologicamente são dois heróis completamente distintos e quando conhecemos o Blue Beetle percebemos que ele e Nite Owl são mais similares tanto mentalmente como na forma de agir.
Dan era parceiro de Rorschach nos anos 60, mas ao contrário do seu colega reformou-se quando o Governo proibiu a acção independente dos super heróis.
No início de "Watchmen" Dan não se alia imediatamente a Rorschach, quando este lhe conta a sua teoria de que alguém anda a "caçá-los". No entanto com o desenrolar da história acaba por unir forças a Silk Spectre e parte à busca de Rorschach a fim de desvendar este temível mistério. É muito engraçado assistir ao regresso deste herói, uma vez que esteve reformado durante quase 20 anos, a idade e a falta de treino fazem-se notar e um dos pormenores mais divertidos é ver a sua barriguinha saliente quando Dan volta a vestir o seu antigo fato pela primeira vez.
Tanto Rorschach como Nite Owl são filosoficamente muito diferentes o que aparentemente seria um factor crucial para estes dois não se darem bem, felizmente não é o caso e não só já foram parceiros como mantêm uma amizade. Aliás arrisco-me mesmo a dizer que Nite Owl é o único amigo de Rorschach.




Nota: Algumas informações foram retirados do site da wikipédia.

terça-feira, janeiro 20, 2009

João Aguardela 1969-2009

Festival Black & White - Novidades

Aqui ficam mais informações que recebi sobre este Festival:


"
PROGRAMA

O Festival Audiovisual Black & White está de volta pelo sexto ano consecutivo.
A decorrer de 22 a 25 de Abril de 2009, na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, o B&W é um festival único no mundo, que celebra a produção artística a preto e branco, sendo reconhecido tanto a nível nacional como internacional.


COMPETIÇÃO

O festival distingue três categorias em competição:
- Vídeo (ficção, documentário, animação, experimental e vídeo musical)
- Áudio
- Fotografia

As inscrições estão abertas a todos, independentemente da sua formação ou experiência. A única condição que se impõe é que as obras a concurso sigam a estética do preto e branco.

A data limite de participação na competição é 20 de Fevereiro de 2009 (carimbo dos CTT).

Por isso, participem e boa sorte!

Até breve!

+ INFO: http://artes.ucp.pt/b&w/

Myspace: www.myspace.com/blackandwhitefestival

Hi5: FestivalB.hi5.com

Fórum: festivalbw.aforumfree.com
"

domingo, janeiro 18, 2009

Em Maio a Casa Vai Abaixo!

Uma das rainhas do rock regressa a Portugal no dia 2 de Maio. A senhora é a grande PJ Harvey e a festa será na Casa da Música. Sem dúvida está a ser novamente um ano memorável no que toca a concertos. E apesar de nunca a ter visto ao vivo, acredito sériamente que esta mulher é um animal no palco.



No dia 5 de Maio no Coliseu dos Recreios a Orquestra Sinfónica Ucrâniana vai tocar o concerto para piano nº 2 de Rachmaninoff, uma das suas obras mais conhecidas e aquela cuja melodia serviu de inspiração para uma música de Céline Dion (sim é verdade) e a sinfonia nº9 ("novo Mundo") de Dvořák.
Não sou um grande conhecedor de música clássica mas adoro estes dois compositores. Os concertos em piano de Rachmaninoff são memoráveis e gostava que tocassem também o nº 3. Quanto à "Sinfonia do Novo Mundo" é fantástica e divertidissima, Dvořák é sublime.
Mais informações aqui.
Cliquem nas imagens caso queiram ouvir um pouco de cada um destes autores.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

The Curious Case of Benjamin Button

O novo filme de David Fincher, que é o mesmo que dizer, um dos mais esperados do ano, chegou ontem às nossas salas de Cinema.
Se o primeiro trailer deste filme nos remetia para um Universo típico de Tim Burton, em grande parte culpa da música escolhida que relembrava Danny Elfman, a verdade é que "The Curious Case of Benjamin Button" pouco ou nada tem de Burton.
Era um filme apontado como "completamente distinto" da sua filmografia e nesse sentido confesso que esperava algo mais diferente. Nunca achei que se colaria à estetica de Burton mas sempre pensei que além do romance Fincher iria, pela primeira vez, enveredar também pelo mundo da fantasia o que, para minha surpresa, não foi bem o caso. Sem contar obviamente com o factor de que ninguém envelhece ao contrário, este filme é incrivelmente real, por vezes frio e cerebral como é já típico do realizador. Esta é acima de tudo a história de um homem que nasce diferente e como a sua "condição" lhe afecta o crescimento e as escolhas ao longo da vida.
No dia em que a grande guerra terminou, nasceu em New Orleans uma criança como nunca antes o mundo tinha visto. Apesar de em tudo ser um bebé, tinha um aspecto velho com todas as caracteristicas e enfermidades típicas de um homem com 80 anos a aproximar-se da hora da morte. Seu pai horrorizado pelo seu aspecto abandona-a nas escadas de, ironia das ironias, um lar da terceira idade. Lá é criado por Queenie (Taraji P. Henson) e passa a ser conhecido pelo nome de Benjamin (Brad Pitt).De todos os locais onde Benjamin poderia ter crescido, confesso que este foi provavelmente a melhor escolha. O seu aspecto velho e débil passava despercebido entre os outros residentes e poupou-lhe certamente anos de preconceito e ridicularização. Mas Benjamin era uma criança e isso era díficil de assentar nas mentes dos outros que a seus olhos apenas viam mais um idoso. Por isso não é de estranhar que a sua relação com Daisy (Cate Blanchett), a primeira criança que conhece e por quem se apaixona, não fosse bem vista por alguns, uma vez que um velho e uma criança não pertencem juntos. Mas Daisy sabia que Benjamin era diferente e que apesar da sua aparência mais velha, as suas almas eram da mesma idade.
A primeira parte do filme, que aborda o crescimento de Benjamin no lar, bem como as suas aventuras pelo mar fora ao lado do irrepreensível Captain Mike (Jared Harris), são qualquer coisa de maravilhoso. É durante este período que conhece algumas das personagens que mais marcarão a sua vida, como Ngunda Oti (Rampai Mohadi) um pigmeu que lhe explica o significado de ser diferente, Thomas Button (Jason Flemyng) ao lado de quem tem a sua primeira experiência com o álcool, Elizabeth Abbott (Tilda Swinton) o seu primeiro romance e o já mencionado Captain Mike parceiro de inúmeras aventuras tanto em mar como em bordéis, ups, queria dizer terra.
Seguindo esta linha de raciocínio a segunda parte do filme corresponde ao já esperado romance entre Benjamin e a personagem interpretada por Cate Blanchett, Daisy. A ideia é fantástica, duas pessoas apaixonadas que envelhecem em sentidos opostos e se encontram no meio. No entanto foram momentos que nunca chegaram a arrebatar-me por completo. Senti que faltou alguma paixão, talvez uma realização com menos cabeça e mais coração. Por outro lado parece-me claro que foram decisões conscientes por parte do realizador que não quis romancear demasiado a história, talvez para não perder o ar sóbrio e real que lhe conferiu.
Em termos técnicos o filme roça a perfeição e penso que o Óscar para melhor caracterização já está mais do que entregue. É surpreendente a qualidade da maquilhagem dos dois personagens principais ao longo das suas várias idades, bem como o retrato fiél das diferentes épocas que vamos atravessando.
"Levemente" baseado em um conto de 1921 de F. Scott Fitzgerald, esta é a história da vida de Benjamin Button. Um belo filme que infelizmente, na minha opinião, falha em elevar-se até ao patamar final, o patamar que o colocaria ao lado de outras obras memoráveis e que nos faria recordar "The Curious Case of Benjamin Button" como a obra-prima que devia ter sido.

PS: Foi impressão minha ou o Benjamin envelhece em tudo ao contrário excepto a nível sexual?

terça-feira, janeiro 13, 2009

Top filmes de 2008

Estes são os filmes que mais gostei de ver no Cinema em 2008. Como sempre faltaram ver muitos mas não podia adiar mais esta lista se não daqui a anda já estamos no meio de 2009.


10 - Iron Man

Este foi sem dúvida um excelente ano para os Blockbusters. Quem abriu as hostilidades foi precisamente "Iron Man" que foi uma das melhores peças de entretendimento do ano passado.
Ler mais aqui.


10 - Cassandra´s Dream


Pode não ser tão bom como "Match Point" mas continua a ser Woody Allen e isso já é um grande elogio.
Sou um amante da tragédia e talvez por isso tenha gostado bastante deste filme, para mim vale a pena nem que seja para ver um soberbo Colin Farrel amargurado.


9 - [Rec]

Gosto de terror e raramente vejo bons filmes do género no Cinema. Este ano fui ver [Rec] e valeu bem a pena.
Ler mais aqui.


8 - We Own The Night

James Gray volta a juntar Joaquin Phoenix e Mark Wahlberg desta vez ao lado de Robert Duvall e Eva Mendes em um dos grandes policiais do ano.


8 - Hellboy II - The Golden Army

O regresso do demónio vermelho foi um dos momentos mais divertidos que passei no Cinema em 2008.
Ler mais aqui.


7 - I´m Not There


O filme que tentou abordar a vida do homem/lenda/poeta que foi/é/poderia ter sido, Bob Dylan.
Ler mais aqui.


6 - Persepolis


Foi um enorme prazer assistir à adaptação da BD de Marjane Satrapi. Sem dúvida um belíssimo ano no que toca a adaptações de BD ao grande ecrã.
Esta história é baseada na vida de Marjane Satrapi que viveu no Irão até ser enviada pelos pais para França a fim de ter uma vida melhor.
Uma obra tocante, que nos consegue fazer tanto chorar como rir.


5 - Wall-E


O melhor filme de animação que estreou por cá em 2008. A Pixar continua a somar vitórias e este é até à data o meu favorito desta companhia. Para mais informações clicar aqui.


4 - Before The Devil Knows You´re Dead


A premissa era simples, dois irmão planeiam assaltar a joalharia dos seus pais. Conhecem a loja, sabem a que horas trabalha a funcionária, enfim como disse, a premissa era simples, mas nestes casos quase nunca realmente o são.
Phillip Seymor Hoffman, Ethan Hawke e Albert Finney são os dois irmãos e o pai respectivamente.
A melhor frase que descreve o filme é precisamente a usada no ínicio: "May You Be In Heaven Half an Hour... Before The Devil Knows You´re Dead".


4 - The Kite Runner


Quando vou ver um filme de Marc Forster já sei que muito provávelmente irei embarcar em uma grande viagem sentimental, não é à toa que dizem que "Quantum of Solace" contém o Bond mais amargurado de sempre (ainda não vi o novo James Bond).
Um filme sobre a amizade e sobre a honra. Amir e Hassan eram dois grandes amigos durante as suas infâncias passadas no Afeganistão. Amir e o seu pai fugiram para a América em busca de uma vida mais segura. Agora passado muitos anos Amir receberá uma carta de Hassan que o fará tomar a difícil decisão de abandonar a segurança da América e regressar à sua terra Natal.

4 - Gone Baby Gone

A estreia de Ben Affleck na realização e que estreia promissora. "Gone Baby Gone" conta a história de uma criança raptada e da luta de um investigador privado (interpretado por Casey Affleck) em encontrar essa criança. O que parecia algo simples vai evoluindo cada vez mais numa teia complexa e espantosa.
O final é assombroso. Qual a decisão que vocês tomariam?


3 - In Bruges
Escrito e realizado por Martin McDonagh, este foi uma das maiores surpresas de 2008. Adoro o género e o tipo de diálogos. Dois assassinos fogem para Burges após um trabalho mal executado. Lá têm tempo para pensar na sua vida e no que querem fazer com ela no futuro.
Colin Farrel e Brendam Gleeson constituem assim uma das duplas mais divertidas do ano passado e Ralph Fiennes ainda dá o seu ar de graça para tornar o filme ainda melhor.


2 - No Country For Old Men


Eu gostei de "Burn After Reading" tem momentos deliciosos, mas "No Country For Old Men" foi o grande regresso dos irmãos Coen o ano passado. Este filme é portentoso e contém também interpretações de encher o olho, seja através do tão aclamado Javier Bardem, como do veterano Tommy Lee Jones e do agora tão popular Josh Brolin.


2 - There Will Be Blood


Paul Thomas Anderson é um dos meus realizadores predilectos. Este é o quarto filme seu que vejo e como sempre Anderson não desilude.
Daniel Day-Lewis mostra-nos mais uma vez porque é um dos melhores na sua área. O filme incide maioritariamente sobre a sua personagem e Day-Lewis mantém-se imaculado do início ao fim. Paul Dano merece também todo o reconhecimento, os seus diálogos com a personagem de Day-Lewis são fantásticos.
Se "The Dark knight" tem o melhor início de 2008, "There Will be Blood" tem provávelmente o melhor final.


2 - The Dark Knight


Não só um dos melhores filmes de super heróis como também um dos policiais do ano.
Ler mais sobre o filme aqui.


1 - Into The Wild


Um dos filmes mais intensos e apaixonantes de 2008.
Poderá não ter sido o melhor filme de 2008 mas foi o que mais me tocou. Para ler mais sobre o filme clicar aqui.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Globos de Ouro

Ontem a noite dos "Globos de Ouro" será lembrada por aquela em que o prémio mais aguardado era o de "melhor actor secundário" em vez de "melhor filme" e felizmente não desiludiu, Heath Ledger venceu o merecido prémio. É certo que no futuro irão dizer que isto ocorreu apenas devido à sua morte e o maior problema desta frase é que pode ser verdade, de facto a sua morte pode ter, em muito, contribuído para esta vitória. Pessoalmente espero que não, acredito que seja mais que merecido e completamente justo.
Colin Farrel levou o Globo de "melhor actor principal em comédia/musical", também muito bem merecido, aliás Farrel teve um excelente ano em termos de interpretações, também o adorei em "Cassandra ´s Dream". Depois de um bonito abraço Farrel ainda mencionou que metade do prémio pertence a Brendan Gleeson e percebe-se porquê, afinal ambos igualmente o mereciam. ainda sobre o "In Bruges". estava a torcer por este ele na categoria de "melhor filme comédia/drama" mas o prémio acabou por ir para Woody Allen e o seu "Vicky Christina Barcelona".
"The Wrestler" venceu duas das três categorias em que estava nomeado, ou seja, "melhor canção" do grande Bruce Springsteen e "melhor actor principal em drama" o não menos importante Mickey Rourke que além de Farrel nos trouxe outro dos melhores momentos de cumplicidade entre dois colegas quando ao falar para Aronofsky este lhe mostra o "dedo".
Das actrizes a grande vencedora foi uma das minhas predilectas Kate Winslet que levou para casa os globos de "melhor actriz principal em drama" e "melhor actriz secundária".
A obra "Happy-Go-Lucky" não saiu de mãos vazias levou pelo menos o globo de "melhor actriz principal em comédia/musical", a vencedora foi Sally Hawkins.
Dos filmes o grande vencedor foi "Slumdog Millionaire" este filme venceu "melhor filme drama", "melhor realizador", "melhor banda sonora" e "melhor argumento". Fiquei contente "Slumdog" parece ser uma obra maravilhosa e refrescante.
O troféu para "melhor filme de animação" foi para o já esperado "Wall-E". "Waltz With Bashir" pode não ter sido nomeado na categoria anterior mas foi para casa com o globo de "melhor filme estrangeiro".
Nas séries não me vou estender muito, o grande vencedor em comédia foi "30 Rock" que apesar de não ver, acredito que tenha sido mais que merecido, mesmo assim gostava de ter visto Hank Moody levar para casa o globo. Em "melhor série drama" também não houve surpresas "Mad Men" levou o globo e Gabriel Byrne venceu a dura competição em "melhor actor em série de drama". Nas diversas categorias para os melhores telefilmes e mini-séries John Adams "varreu" os globos.
Os momentos mais engraçados da noite estiveram a cargo dos hilariantes Ricky Gervais e Sacha Baron Cohen, que entrou logo a matar.
O prémio de carreira de nome "Cecil B. DeMille" foi entregue este ano a Steven Spielberg sem dúvida um dos grandes nomes da sétima arte.
Já agora foi impressão minha ou este ano o evento foi feito "a correr"?
Para verem a lista completa de vencedores cliquem aqui.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Aquasounds

Felizmente "Aquasounds" não é o novo livro de Aquaman, mas antes a exposição de aguarelas de Hugo Teixeira. Muito curioso é o facto de que estes trabalhos foram influenciados por determinadas músicas.
Hugo Teixeira é autor de Banda Desenhada (Bang Bang), artista plástico e dono da loja Asa Negra. Para quem está familiarizado com o seu trabalho em aguarelas sabe que este é um evento a não perder.
A exposição já foi inaugurada dia 2 de Janeiro e encontra-se disponível até ao fim do mês no bar "Acerca da Noite" em Almada.

Nas suas palavras a exposição nasceu como:
“ O resultado recente de um exercício de pintura livre com aguarelas fez-me lembrar o tema “Light My Fire” dos The Doors. Foi o começo de um processo criativo ao mesmo tempo natural e febril. Coloquei os auscultadores e pintei sem parar durante três meses, tendo terminado esta série de aguarelas a ouvir a banda sonora da trilogia “O Senhor Dos Anéis”.
Experimentei bastante e desenvolvi novas técnicas que conduziram aos resultados artísticos diversos que apresento nesta exposição.
Para quem habitualmente vive no mundo a preto e branco da tinta da china, foi um período muito relaxante.”

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Top Séries de 2008

Este é o meu balanço no que toca a séries de TV que passaram em 2008. Foi um bom ano e faltaram de certeza muitas séries de excelente qualidade. Mas das que vi, estas foram as minhas predilectas.
Não liguem muito aos números servem só para dar uma ideia, pois quando as séries são de géneros tão diferentes como é possível dizer que uma é a 1 e outra é a 2? Digo isto principalmente para o pódio. Adoro aquelas três séries e são todas de géneros completamente diferentes.
Coloquei no final de cada texto aquele que considerei "O Melhor Momento" (pelo menos o que me lembrei pois muitas destas séries já vi há uns bons meses). Como esse "momento" contém SPOILERS coloquei-o "invisível", aqueles que quiserem lê-lo só têm de seleccionar essa parte do texto.
Aqui ficam então as melhores 10 séries que vi em 2008.

10 - Heroes (3º Temporada, Capitulo III - Villains)

"Heroes" tinha tudo para me conquistar, é uma série que faz muito o meu género e que teve um início bastante promissor. Infelizmente com o tempo foi esmorecendo. E se esta 3º temporada consegue ser melhor que a 2º ainda não conseguiu voltar à boa forma. Houve sem dúvida episódios muito bons, mas no geral esperava mais desta temporada. Tim Kring já fez algumas alterações na equipa técnica desta série o que prova que muito provavelmente nem ele, o próprio criador está contente com o rumo da série.

Melhor Momento: Quando vemos um Sylar bom no futuro em "I Am Become Death".

9 - Conta-me Como foi (1º Temporada)

Não a comecei a ver desde o inicio mas depois de a descobrir tornou-se obrigatória. todos os Domingos à noite tinha de se guardar um tempo para assistir a esta bela série portuguesa. Sem dúvida dos produtos nacionais mais interessantes da actualidade.
Aposto que tal como eu muitos dos que viram a série reconheceram vários objectos que encontravam na casa dos avós ou dos pais.
Uma série que decorre antes do 25 de Abril com um elenco de grande qualidade onde há destaque para os veteranos Miguel Guilherme e Rita Blanco.

Melhor Momento: O António interpretado por Miguel Guilherme a chorar por causa da prisão do filho.

8 - Jericho (2º Temporada)

Como ia ser cancelada teve de ter um final alternativo e por isso esta temporada conta apenas com 7 episódios. A 2º temporada teve uma abordagem diferente à série que também foi muito interessante. Podem ler mais sobre ela aqui.

Melhor Momento: A vingança de Stanley Richmond.


7 - How I Met Your Mother (1º Parte da 4º Temporada)

O humor simples e eficaz desta série cedo conquistou o público. A premissa era engraçada, um homem (Ted) a contar aos seus dois filhos como conheceu a mãe deles. Pelo meio há muita aventura e um leque de personagens "legen..wait for it...DARY". Sim o primeiro que vem à mente é Barney Stinson brilhantemente interpretado por Neil Patrick Harris. Ele é o eterno mulherengo e metrosexual cujo objectivo de vida é ter sexo todos os dias de preferência sempre com uma mulher diferente. O resto dos amigos são também eles fabulosos, a criança grande que é Marshall, a maníaca-compulsiva Lily e a "mulher de armas" Robin. Juntos com Ted as suas aventuras são hilariantes.
Nesta 4º temporada o enredo principal da mãe não evoluiu em nada, o que foi uma pena, mas me leva a crer que é uma decisão tomada com o objectivo de manter esta série mais tempo no ar e isso é uma boa coisa, desde que a série mantenha o nível a que nos tem habituado.
Nesta 4º houve sem dúvidas momentos mais baixos mas dificilmente se torna aborrecido ver qualquer um deles.

Melhor Momento: Marshall a falar de Star Wars em "Do I Know You?".


6 - Damages (1º temporada)

Já o disse várias vezes a Glenn Close nasceu para interpretar vilões. A sua Patty Hewes é qualquer coisa de estrondoso.
Esta série é um manto enorme de manipulações e com o seu avanço vamos mergulhando cada vez mais numa teia complexa e perigosa.
Para quem como eu gostou a segunda temporada está mesmo quase a chegar.

Melhor Momento: A queda e redempção de Ray Fiske muito bem interpretado por Zeljko Ivanek.


5 - True Blood (1º Temporada)

O regresso do grande Alan Ball o homem que criou uma das séries que mais me marcou na vida "Sete Palmos de Terra".
E talvez por isso "True Blood" tenha desiludido tanta gente quando saiu o piloto, uma vez que as expectativas eram enormes. Eu pessoalmente nem desgostei do episódio piloto, mas nunca desisto de uma série com base no primeiro episódio (a não ser que dê para ver que é algo que não é mesmo nada o meu género) uma vez que muitas vezes é o pior episódio, pois é aquele que tem o objectivo de nos introduzir as personagens e colocar num determinado espaço e tempo. Eu deixo sempre a história fluir até me decidir e "True Blood" valeu bem a pena. Além disso achei a ideia muito engraçada, Vampiros que se decidem assumir perante o mundo e com isto tudo o que isso implica, tais como a aceitação, o preconceito, etc.

Melhor Momento: Bill a caminhar à luz do sol para salvar Sookie. Apesar de já existir uma cena similar no animé "Vampire Hunter D.".


4 - Dexter (3º Temporada)

O Serial Killer justiceiro. O "monstro" que todos nós acabamos por gostar e ver no activo quando começamos a ver a fabulosa série que é "Dexter". Apesar de achar que podiam ter feito mais nesta terceira temporada nomeadamente nos últimos episódios, não deixa de ser "Dexter" que é o mesmo que dizer, uma das melhores séries que surgiu na actualidade.

Melhor Momento: Quando Miguel mostra as suas verdadeiras cores e Dexter se apercebe que tem vindo a ser manipulado.


3 - Battlestar Galactica (1º Parte da 4º Temporada)

A nova série de "Battlestar" tem sido "o" maior vício que eu tive nestes últimos tempos. Vi toda a série de forma compulsiva e é de facto uma grande série de ficção científica (e também com bonitas mulheres).
Esta 4º temporada foi cortada ao meio e só a 16 de Janeiro de 2009 (está quase) é que será disponibilizada a segunda parte.
Como vi a série de seguida por vezes até me custa distinguir quando começa uma temporada e termina a outra. No entanto o final da 3º foi incrivelmente marcante, com o descobrimento de 4 dos últimos 5 Cylons ao som de "All Along The Watchtower".
A 4º temporada continua com a qualidade a que nos habituou só tenho pena da súbita importância que o personagem da Tory teve, todos sabemos que devia ser o Billy, mas isso são outros problemas.
Baltar continua cada vez mais a espalhar a "boa nova" como uma espécie de Messias. Ele que é a minha personagem favorita e tem tido uma evolução ao longo da série bastante interessante, mesmo que agora não seja a sua altura mais feliz.
Um personagem que continua em grande é o XO Tigh que esteve carregado de grandes momentos nesta 4º temporada.

Melhor Momento: O último episódio desta primeira parte, "Revelations" é todo ele fantástico e culmina na tão desejada chegada à Terra.


2 - Skins (2º Temporada)

Que sacrilégio já me ia esquecendo que a 2º temporada de "Skins" passou em 2008.
Esta é daquelas obrigatórias na lista. Já falei dela aqui.

Melhor Momento: A despedida em "Everyone".


1 - Lost (4º Temporada)

Depois do explosivo final da 3º temporada esta 4º era sem dúvida uma das séries porque mais ansiava.
Se a inicio e apesar de todo o mistério envolvido "Lost" aparentava poder ter uma explicação científica para tudo (nem que fosse uma explicação de ficção científica), esta 4º temporada mergulha-nos cada vez mais no campo do obscuro e do inexplicável. A qualidade, essa continua sempre lá e de uma forma geral todos os episódios desta temporada foram realmente bons. Questionei sem dúvida algumas decisões mas a verdade é que ver um episódio desta temporada sempre me deu um gozo enorme e como não podia deixar de ser a season finale foi novamente excepcional.
Infelizmente parece haver cada vez mais pessoas a desistir de "Lost" porque existem muitos episódios que não avançam praticamente nada na trama principal. Pois bem alguns desses episódios são das melhores coisas que a série tem e prova disso é o meu episódio predilecto da 4º temporada "The Constant". O Episódio é sobre um dos meus personagens favoritos, Desmond, e aborda as viagens no tempo, terminando num dos finais mais românticos que a série nos proporcionou.

Melhor Momento: No fundo todo o episódio "The Constant" é genial, escolhendo apenas um momento escolho o reencontro (via telefone) entre Desmon e Penny que foi uma brisa de esperança na série.

Outros Destaques


Não coloquei estas séries no Top apenas porque são de um formato diferente, pois a primeira é uma espécie de Talk Show e a segunda uma série de humor mas de Sketchs.
Estas foram duas das séries que mais me fizeram rir em 2008, falo de:

O Programa do Aleixo

Das mentes criativas de João Moreira, João Pombeiro e Pedro Santo nasceu Bruno Aleixo, o Ewok que teve agora de recorrer a cirurgia plástica devido a problemas com o George Lucas.
A apresentar o programa com ele temos simplesmente o Busto.
Adoro o humor deste programa, as entrevistas são formidáveis e sempre com convidados muito interessantes. E até o momento musical se tornou um dos meus momentos predilectos quando a início achei que não iria funcionar.
Já agora um pedido à Sic Radical, renovem o contrato com estes senhores.


Os Contemporâneos

Eu sempre gostei desta série, nem todos os skecths eram bons? Verdade mas em quantos programas do género é que isso acontece?
Acho que precisamos de mais programas de humor e os "Contemporâneos" foram uma excelente aposta.
Com o tempo ainda têm vindo a crescer mais e a melhorar e por isso toda a equipa esta de parabéns. Infelizmente tenho perdido muitos episódios, mas ainda bem que se encontram disponíveis no site da RTP.
Espero que continuem.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Rua de Baixo V.2 ONLINE

A revista online "Rua de Baixo" está finalmente de volta, com um novo formato e uma maior interactividade com o leitor.
É a edição Nº40 que marca este regresso, mas todos os artigos antigos encontram-se também disponíveis.
Nesta edição há entrevistas com as mentes criadoras desse mítico personagem que é Bruno Aleixo, também a Filipe Melo um dos realizadores de "Um Mundo Catita". Uma crítica ao novo documentário de Tiago Pereira e Bfachada, "Tradição Oral Contemporânea" que estreia na ZDB a 9 de Janeiro (vou estar por lá) e muito muito mais.
Da minha parte, estive a mediar um debate entre um fã de Star Wars (Alexandre Santo) e um fã de Star Trek (Pedro Timóteo), onde se falou do que há de melhor e de pior nestas sagas e nas novidades que estão guardadas para 2009. Esta conversa amigável pode ser lida aqui.
Aproveito para agradecer ao Refém da BD pelas conversas que tivemos sobre Star Trek que se provaram úteis.
Ficamos a aguardar pelos vossos comentários e sugestões.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

The Graveyard Book

Este é o mais recente livro de Neil Gaiman. Descobri-o durante a palestra de Dave Mckean durante o Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (FIBDA) de 2008 e apesar de ser grande admirador de Neil Gaiman quando Mckean proferiu as palavras de que este era o melhor livro do autor, não hesitei em comprá-lo poucos dias depois.
Acredito que quem afirmou que esta era a maior obra de Gaiman, além de Mckean também Diana Wynne Jones o fez, estavam de facto falar apenas nas suas obras de prosa, nas suas novelas. Uma vez que nada que eu tenha lido até hoje superou (e duvido que superará) a genialidade que é “The Sandman”, na minha opinião, a maior obra-prima de Neil Gaiman.
Em relação às obras de prosa exclusivamente escritas por Gaiman apenas li “Stardust” e mesmo preferindo “The Graveyard Book” estou longe de poder afirmar que este é o seu melhor trabalho.
O título deste livro é uma clara homenagem ao “The Jungle Book” e por isso não é de estranhar que o primeiro agradecimento do autor seja precisamente a Rydyard Kipling pela sua influência consciente e inconsciente durante a sua escrita. Não tendo lido “The Jungle Book” acredito que há semelhança de “The Graveyard Book” seja uma história que faça maravilhas ao imaginário de uma criança, falo por mim quando digo que adoraria ter podido lê-lo quando era mais novo.
Este é um livro que irá tanto agradar e assustar os mais pequenos como deliciar os maiores fazendo-nos por breves instantes sentir e sonhar como se fossemos novamente crianças. Algo, penso eu, já explorado por Neil Gaiman em “Coraline”.
Existem duas edições do livro, a direccionada mais para adultos que contém ilustrações de Dave Mckean, o parceiro de longa data de Gaiman, e outra mais direccionada para as crianças, ilustrada por Chris Riddell. Comprei a versão ilustrada por Mckean que aconselho vivamente, os seus desenhos são sempre uma mais valia.
A história tem início com o assassinato da família Dorian por parte de um misterioso homem de nome Jack. Não sabemos qual a sua razão nem de quem se trata, apenas que tem como missão matar todos os membros desta família. Quando o autor começa o livro, descrevendo pormenorizadamente a arma do crime, uma faca, já Jack tinha morto o casal e a filha mais velha, faltando apenas um bebé. Quando este chega ao quarto do mesmo encontra-o vazio, a criança tinha fugido.
O assassino persegue-lhe o rasto que o conduz até um cemitério. Felizmente esta já tinha sido encontrada pelos seus residentes, mais especificamente pelo casal dos Owens. Os habitantes do cemitério são normalmente os espíritos das pessoas que lá foram enterradas, no entanto existem excepções, como é o caso de Silas um ser obscuro, que nem está morto, nem está vivo, a quem foi concedido a “Liberdade do Cemitério”. Silas trata rapidamente de proteger este bebé ao educadamente convidar o assassino Jack a abandonar o local. Após a sua expulsão, (quase) todos os membros do cemitério se reúnem para decidir o futuro desta criança. Se por um lado a maior parte não concorda que um cemitério seja o lugar adequado para uma criança viva crescer, por outro Mrs Owens já estava mais do que decidida em adoptá-lo, principalmente após o ter prometido ao espírito da falecida mãe. A discussão levou o seu tempo, mas graças à intervenção de uma enigmática mulher a cavalo (já conhecida por todos) a escolha foi finalmente tomada, Nobody Owens (como viria a ser chamado) possuiria também a “Liberdade do Cemitério” devendo ser protegido por todos os seus membros e tendo como pais os Owens e como guardião Silas, o único além de Bod (diminutivo de Nobody) que pode abandonar o cemitério para procurar comida entre outros bens que a criança pudesse precisar.
O livro encontra-se dividido em vários capítulos ao longo dos quais vamos assistindo ao crescimento de Bod. Durante cada um deles vamos acompanhando-o em diferentes aventuras, sendo a primeira, aquela em que conhece, Scarlett, uma jovem criança que costumava passear pelo cemitério e que rapidamente forma um laço de amizade com ele. Juntos partirão à descoberta do cemitério encontrando tesouros e perigos. Scarlett marca a primeira amizade criada por Bod com alguém que esteja vivo.
Silas é uma presença constante no livro, ele é o guardião e o seu melhor amigo. Quando todos evitam falar sobre um ou outro assunto Bod sabe sempre que pode contar com a sabedoria de Silas para o ajudar. No entanto existem alturas em que este guardião misterioso terá de se ausentar e para isso contará com a ajuda de Miss Lupescu para proteger, educar e alimentar Bod em seu lugar. Miss Lupescu poderá não cair nas boas graças do rapaz a inicio, mas cedo se revelará como um ser extraordinário ao ajudá-lo durante a sua aventura com os perigosos Ghouls.
Outra personagem interessante que se cruzará com Bod é sem dúvida Liza Hempstock. Uma jovem bruxa queimada na fogueira e enterrada na parte não sagrada do cemitério, não tendo nem direito a uma lápide com o seu nome. É para agradar a Liza que ele se aventurará pela primeira vez fora do cemitério.
Em tempos existiu uma história sobre um rapaz de nome Mogli que cresceu na Selva sendo criado por Lobos e educado por um Urso e uma Pantera. Agora chegou a vez de Bod um rapaz que cresceu num cemitério sendo criado por fantasmas e educado por…Bem estes dois últimos vou-vos deixar descobrir "o" que são.