quarta-feira, setembro 29, 2010

Anjo Exilado



Saiu um novo vídeo desta canção, que foi filmado durante este concerto.

No fundo isto é só mais uma desculpa para voltar a por aqui esta música excepcional e me gabar que estive lá.

segunda-feira, setembro 27, 2010

Receita para criar um detective memorável (um dos muito bons):

1: Colocar todas as características mentais necessárias a um profissional desta área, tais como:

- Excelente capacidade de observação;
- Inteligência acima da média;
- Raciocínio rápido;
- Capacidade de "think outside the box".


Nota: Um corpo treinado pode não ser essencial como uma mente treinada, mas é uma mais valia que irá compensar sempre nos momentos mais físicos que uma investigação pode vir a ter.


2: No ponto um cria-se a qualidade do detective e no ponto dois tornamo-lo inesquecível, pois é aqui que se molda a sua personalidade.
Para ter uma personalidade única, devemos adicionar determinadas particularidades na sua forma de pensar/viver ou determinados maneirismos, aspectos que não sejam partilhados pela maioria das pessoas e que de preferência tenham uma conotação negativa/bizarra/humorística.


3: Colocar um elemento na sua imagem que o torne facilmente reconhecível em relação a todos. Pode ser a roupa, o uso de um objecto ou algo na sua aparência como o penteado.


4: Um fiél parceiro, alguém com quem se possa contar em qualquer situação. Têm de ser espertos, pois as suas opiniões podem ajudar a desvendar o caso, mas nunca podem ser mais espertos que o detective.
Por norma estão mais perto do cidadão comum não partilhando das "pancas" do detective e por isso mesmo não se tornam tão particulares.

5: Algo que é necessário nas histórias de um bom detective é um criminoso à altura, alguém cujo intelecto rivalize com o do mesmo. Por vezes existe um que se eleva acima de todos os outros e se torne o Arqui-Inimigo.


Alguns exemplos:






Sherlock Holmes





1: O detective mais famoso da literatura, com direito a um museu e um pub em seu nome. É o orgulho da Scotland Yard, conhecido por usar o método científico e a lógica dedutiva.
2: A presunção, Holmes é o melhor naquilo que faz e sabe-o. O consumo de opiáceos.
3: O sobretudo, o chapéu e o cachimbo.
4: Dr. John H. Watson.
5: Professor Moriarty




Hercule Poirot



1: A maior criação de Agata Christie, também um dos grandes detectives da literatura. Gaba-se de conseguir resolver os seus casos sentado na sua poltrona, utilizando a psicologia para isso. Não é um detective que gosta de acção física.
2: É obsessivo-compulsivo das limpezas, nas palavras de Hastings, um pouco de pó magoam-no mais do que uma bala. Detesta ser apelidado de francês, pois é Belga.
3: O bigode. Baixinho, gordinho, com uma cabeça que faz lembrar um ovo e não dispensa o laço no seu fato.
4: Arthur Hastings.
5: X





Batman

1: O detective mais conhecido do mundo dos super-heróis. Não tem poderes mas é famoso por ter uma das mentes mais brilhantes da DC comics e por ser um praticante exímio de artes marciais.
2: De noite veste-se de morcego para combater o crime.
3: Novamente, veste-se de morcego!
4: COF COF Robin COF COF.
5: The Joker.






L


1: O melhor detective em "Death Note". Em termos de QI um dos mais geniais de sempre.
2: consumo abusivo de doces e café e pensa melhor com os pés em cima da cadeira em vez do rabo.
3: As olheiras, a forma de sentar e andar descalço.
4: Watari.
5: Kira (Light Yagami).

quinta-feira, setembro 23, 2010

Dead Can Dance

Ela:





Ele:

Petzi


Quando falo sobre as primeiras BD's que li em criança, lembro-me sempre das idas à Biblioteca da escola para pegar no Spirou, no Astérix e no Lucky Luck, etc. Lembro-me que graças a um colega do meu pai tive a sorte de ter uma quantidade enorme de livros da Turma da Mônica e depois alguns do Zero, da Turma do Arrepio e o 1º volume da edição brasileira do AKIRA (que infelizmente só concluiria anos mais tarde pois não o encontrava à venda). Depois vieram os super-heróis e com eles a entrada no mercado Americano e passado uns tempos cheguei à adolescência.
Acabo sempre por me esquecer de referir que quando era miúdo uma das primeiras BD's que li (talvez até "A" primeira) foi o Petzi. Não me lembro quem mos comprava nem quem mos dava e mais triste ainda não sei onde os tenho guardados (caso ainda estejam lá em casa), tenho apenas a vaga ideia de que eu e o meu primo tinhamos uns quantos e adorávamos. Há uns tempos lembrei-me destes livros que contam a aventura do urso Petzi e dos seus amigos, um Pinguim de laço, um pelicano que tinha de tudo dentro do seu bico e o capitão do Navio, uma morsa sempre de cachimbo na boca. Não me conseguia era lembrar do nome disto, e um dia qualquer a vaguear pela net , já nem sei aonde, deparei-me com o nome: PETZI!!!.
Portanto lembrei-me aqui de partilhar isto e perguntar se mais alguém se lembra de ler isto? Já agora isto é BD mas não usava balões quando as personagens falavam.

terça-feira, setembro 21, 2010

David Bowie - Warszawa


Como se escolhe o melhor álbum de David Bowie? como se escolhe o melhor dentro de um leque tão grande e diversificado de álbuns? Uma pergunta mais fácil de responder se estivessemos a falar de apenas um género musical, mas Bowie é apelidade de "Camaleão" por alguma razão. É sem dúvida um dos artistas cuja carreira mais admiro, mas voltando à questão, como se escolhe? A resposta é muito fácil: não se escolhe, porque não é preciso.

Agora ando em volta de "Low" de 77 um dos grandes álbuns que Bowie lançou nesta década, considerada, penso eu, pela maioria como tendo sido a melhor década dele. Não discordo mas também não esqueço as suas fantásticas peças dos 90 e sim eu também adoro os seus 80 (o Scary monsters já conta nos 80) mesmo sendo muitas vezes postos de lado.

Agora deixo-vos com "Warszawa" uma das melhores canções de "Low" que foi "esquecida" no best of, mas que nunca será esquecida por mim. Bowie fez de tudo e bem!

Grip Inc. - Solidify


Outro dia fui vasculhar alguns dos meus CD's antigos que estavam a descansar há demasiado tempo. Quando vi "Solidify" dos Grip Inc. as suas memórias acometeram-me imediatamente. Podemos passar anos e anos sem ouvir uma música mas quando a voltamos a escutar a letra e melodia instalam-se imediatamente na nossa mente.
Grip Inc. foi uma banda que conheci na fase da minha vida em que ouvia mais Metal, nunca deixei de ouvir este género musical que adoro, mas a verdade é que já o ouvi mais. Na altura não tinha net, não dava para pesquisar sobre a banda e o CD foi copiado do original de um amigo meu, isto para dizer que até hoje não sabia nada da banda, mas isso também não interessava, o álbum era bom e isso é o que importa.
Hoje depois de pegar no álbum descubro em primeiro lugar que é uma banda formada por Dave Lombardo, talvez, o mais icónico baterista dos Slayer (e que já tocou ao vivo com Danny Carey, como eu adorava que tivessem repetido o feito quando Tool e Slayer passaram por cá no Ozzfest), e em segundo que o vocalista, Gus Chambers, morreu em 2008. O futuro da banda de momento é incerto.
"Solidify" é o 3º de quatro álbuns da banda. Foi lançado em 1999 e conta com Dave Lombardo na bateria, Guy chambers na voz, Stuart Carruthers no baixo e Waldemar Sorychta na guitarra e teclas.
Apesar de ter gostado do álbum acabei por nunca mais lhes seguir o rasto e com o tempo caíram um pouco no esquecimento, daí ter decidido que mereciam a recordação, pois "Solidify" é um álbum sólido do início ao fim onde não há canções para encher chouriços.
"Isolation" funciona muito bem para introduzir o álbum, ao ouvi-la sabemos logo se vamos gostar dele ou não. Seguida por "Amped" vem uma das melhores canções, "Lockdown". Canções estas que de uma forma geral estão todas ao mesmo nível, havendo ocasionalmente algumas que se elevam um pouco mais alto como volta a acontecer com "Foresight" ou "Vindicate". A voz de Chambers talvez seja mais próxima do hard rock do que propriamente do metal, mas, apesar de nunca sobressair, assenta bem neste género de metal mais harmonioso.
No entanto dizem que o melhor álbum desta banda é o último "Incorporated", vou ver se concordo.


Grip Inc. - Vindicate

segunda-feira, setembro 20, 2010

Queer Lisboa & MOTELx 2010











Após as férias de verão já começaram os ciclos dos festivais de Cinema, vou então relembrar aqui dois, um que já começou e outroa que se encontra à porta.
Na passada sexta-feira foi a abertura da 14º edição do Queer Lisboa que decorrerá até 25 de Setembro.
Depois do Queer sair é a vez de o MOTELx entrar em acção com a sua 4º edição, que decorrerá entre 29 de Setembro e 3 de Outubro.
Cliquem nas imagens para aceder aos sites oficiais.
Eu pelo menos um filme de cada um tenho de ir ver, são dois festivais que se tornaram obrigatórios.

terça-feira, setembro 14, 2010

Pluto

Quando li o primeiro volume de Pluto fiquei logo conquistado. Partilhei aqui essa leitura confiante de que era uma obra em que se devia apostar. Hoje volto a falar dela após a ter terminado e volto a confirmar e sublinhar o quão fantástica e divertida esta viagem foi.
Alterei um pouco o texto pois assim em vez de dizer que o volume 1 é muito bom já posso dizer que todos 8 volumes são excelentes.
Naoki Urasawa é um nome bem conhecido do mundo da BD, mais especificamente do mangá. É o autor de "Monster" e "20th Century Boys" as suas duas séries mais premiadas até à data.
Em 2003 decidiu embarcar numa nova aventura, de nome "Pluto" (vencedor do grande prémio Tezuka Osamu Cultural Prize) ao reiventar a história clássica de Astro Boy, "The Greatest Robot on Earth", aproveitando assim para voltar a dar vida a uma das histórias que mais o marcou durante a infância e homenagear ao mesmo tempo o seu criador Osamu Tezuka.
A primeira grande surpresa do livro é que Astro Boy (Mighty Atom numa tradução mais literal do japonês) não começa por ser o seu personagem principal, mas antes Gesicht um robot detective alemão de aparência humana.
A história tem início precisamente com Gesicht a investigar a ocorrência de dois homicídios. O primeiro trata-se da morte de Mont-Blanc, um robot Suíço protector da natureza, que era não só um dos sete robots mais avançados tecnologicamente como também um dos mais amados pela população tendo estado envolvido em várias acções humanitárias sendo por exemplo um dos grandes responsáveis pela actual paz na Ásia após a 39º guerra central. A segunda vítima é Bernard Lanke um humano envolvido profundamente nos movimentos defensores dos direitos dos robots. Dois homícios, um robot e um humano, cometidos em locais diferentes e sem qualquer ligação aparente salvo a excepção de que ambos os corpos foram decorados com objectos na cabeça para terem a forma de cornos. Esta única semelhança é tão particular que é suficiente para Gesicht assumir que os casos estão ligados.
Os robots são construídos de forma a não serem capazes de matar humanos (apesar de uma excepção já ter ocorrido) e nenhum vestígio humano foi encontrado em ambos os locais do crime, o que dificulta a questão de "o quê ou quem cometeu estes crimes horrendos?".
Como tinha referido um robot já tinha sido capaz de matar um humano, seu nome Brau 1589, a sua localização, Bruxelas numa instituição correccional de alta segurança para robots. A cena em que Gesicht o questiona é uma das minhas predilectas evocando ambientes que relembram momentos clássicos do género, como o mítico encontro entre Hannibal Lecter e Clarice Starling em "Silence of the Lambs". Quando a cena termina só desejava que voltássemos a encontrar este mítico robot, felizmente o desejo concretizou-se, pois os encontros entre Gesicht e Brau 1589 irão continuar ao longo do livro e serão de grande importância..
"Pluto" é um mangá policial de ficção científica, com uma história extremamente bem desenvolvida e que se desenrola a um ritmo frenético mantendo-nos sempre presos à trama, a querer saber cada vez mais e mais sobre este mistério.
No primeiro volume a investigação de Gesicht alterna com outra história dedicada ao robot escocês North No. 2, também ele um dos sete magníficos (os mais poderosos robots) que combateu na 39º guerra central da Ásia e que começa agora uma nova forma de vida ao se tornar mordomo de um famoso pianista cego. Este pequeno momento dedicado a North No. 2 e que explora o desenvolvimento entre a sua relação e a deste pianista amargurado pelo tempo é de uma beleza notável e que mostra que os robots também podem sonhar ou ser atormentados pelo passado, fantástico.
Robots mais humanitários que um ser humano, um cientista que tentou criar a Inteligência artificial perfeita, um crime escondido e um urso de peluche que aparenta estar por detrás de toda a conspiração, são alguns dos ingredientes desta grande obra, absolutamente imperdível.
Um dos objectivos de Naoki Urasawa ao criar "Pluto" era também que leitores mais jovens tivessem curiosidade em ir descobrir o clássico dos anos 50, "Astro Boy". Por mim posso já dizer que funcionou, nunca li nem vi o animé, mas irei definitivamente procurar os livros desta obra de Osamu Tezuka.
Como não conheço a obra em que esta foi baseada não as posso comparar a qualquer nível, porém ao ler "Pluto" o nome de Isac Asimov surgiu mais do que uma vez na minha mente, pois também aqui os robots e a inteligência artificial são explorados de uma forma muito interessante.
Além de Urasawa, "Pluto" conta também com Takashi Nagasaki como co-autor e com a supervisão de Macoto Tezka (filho de Tezuka).

segunda-feira, setembro 13, 2010

They're Back


Finalmente regressaram os "Sons of Anarchy". Uma temporada que promete emoções intensas não fosse aquele final ao som do que me parecia um Nick Cave mas era afinal Richard Thompson.

sábado, setembro 04, 2010

Axis of Awesome - Four Chord Song



Para relaxar no fim-de-semana.

quinta-feira, setembro 02, 2010

The Expendables


Havia um sonho no ar, o sonho do regresso dos míticos heróis dos filmes de acção dos anos 80 (e também 90 vá). Um nome surgiu logo no ar para encabeçar a lista destes heróis. Um e apenas um, já estão obviamente a ver quem é: Chuck Fucking Norris!
Por questões comerciais quiseram contratar mais actores, ter uma equipa a assistir Mr. Norris o que era totalmente desnecessário, o que era precisamente... Dispensável... Daí o 1º nome com que este filme foi baptizado foi "Chuck Norris & The Expendables". As filmagens foram um sucesso, o problema é que o filme durava apenas 15 minutos, pois Mr. Norris foi demasiado rápido a resolver a missão. O estúdio não estando contente, mais uma vez por razões comerciais, decidiu cortar "Chuck Norris" do filme e posteriormente do título, passando a ser "The Expendables". Os membros do estúdio que tomaram esta decisão desapareceram misteriosamente no dia seguinte e ainda hoje as forças policiais fazem o seu melhor para os encontrar, e algumas partes já foram encontradas, mãos, pés e penso que uma orelha. Sem líder aparente Stallone decidiu pegar nas amarras deste projecto e pegando na equipa composta por Jason Statham, Jet Li, Dolph Lundgren, Terry Crews, Randy Couture e Mickey Rourke filmou tudo novamente e assim nos chega "The Expendables".
Agora a sério, Stallone realiza aqui o regresso dos grandes filmes de acção que mencionei acima. É esse o espírito e são essas as memórias que evoca. Quando miúdo devorava esses filmes todos e aqui prometia-se o regresso da velha guarda, que tão bem conheço, aliado aos heróis de acção dos tempos modernos. Claro que agora já não sou esse miúdo e no que toca a filmes de acção estou mais inclinado para um "Bourne" do que para um "Expendables" cujo argumento é coisa que não importa. Mas também se era para retratar estes filmes na perfeição, uma boa história ia mudar o registo do filme automaticamente.
Muito sucitamente temos uma equipa de mercenários liderada por Stallone a quem é apresentada uma nova missão, muito bem paga mas muito arriscada. A missão consiste em dar na boca ao General Garza (David Zayas) que usou o seu exército para controlar o seu país, uma pequena ilha na América do Sul, tornando-o numa ditadura. Com o revelar de certas informações a equipa decide que é um trabalho a não fazer, mas qual povo explorado qual quê, Stallone não consegue é tirar uma miúda, que conheceu quando esteve lá, da cabeça. Curioso que os heróis de acção que envelheceram estão aqui, mas as femme fatale continuam a ter vinte e poucos.
Como disse é um género que já não me entusiasma como há tempos, mas mesmo assim consegui divertir-me em vários momentos. A acção que é a única coisa que interessa aqui está bem conseguida, carregada de exageros como é suposto (agora ainda mais com a evolução dos efeitos especiais) e com várias cenas de luta que enchem o olho a qualquer fã do género. A arma que o personagem de Terry Crews carrega é sublime e porporciona um dos melhores momentos no filme, pois o que se quer aqui são membros do corpo a voar.
O problema é que o cinema está valentemente caro nos dias que correm e tendo isso em conta é um filme que se vê muito bem na TV pois é completamente dispensável. Mas penso que os fãs do género não vão ficar desiludidos.
Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger dão os seus ares de graça num curto cameo. A conversa entre Stallone e Schwarzenegger brinca com a rivalidade entre estes dois, afinal foram os dois grandes heróis de acção nos seus tempos, o Terminator e o Rambo.
Faltam no entanto outros nomes clássicos, Jean Claude Van Damme sendo o mais óbvio dos que não aparecem. Aparentemente foi-lhe oferecido um papel mas Van Damme recusou pois o seu personagem não tinha produndidade suficiente para o seu gosto (mas algum destes tem?).
Steven Seagal também recusou um cameo mas poderá ser visto em "Machete" num futuro próximo. Wesley Snipes devido a problemas com o fisco não pôde entrar, o que é uma pena. Para terminar, não tenho dúvidas que se Bruce Lee estivesse vivo e aceitasse estaria no lugar de Jet Li garantidamente.
Para vilões foram buscar os lutadores Steve Austin e Gary Daniels. Eric Roberts também marca presença ele que entrou em vários filmes de porrada quando mais novo, apesar de não lutar desta vez.
Outra curiosidade é que o papel de Bruce Willis foi originalmente oferecido a outra lenda de acção, se bem que de outro estilo há semelhança de Willis, Kurt Russel, mas Snake Plissken não estava interessado naquele momento.