quinta-feira, abril 26, 2012

The Avengers


Para descrever o que este filme é para mim, vou pedir emprestadas as palavras mais proferidas por Abed Nadir de "Community" e que são: "Cool, cool, cool". "The Avengers" tem muita pinta e é pura diversão ao mais alto nível, é tudo aquilo que esperava de um filme deste calibre e que consegue a proeza máxima, aquilo que todos os filmes deste género deviam almejar, que é despertar a criança que há em nós.

Pela ambição, este projecto seria sempre lembrado, é afinal de contas, a primeira vez em Cinema que se junta uma equipa destas. Claro que já existem filmes de equipas de Super-Heróis, temos os "X-Men" com alguns títulos soberbos e os "Fantastic Four", infelizmente dispensáveis. Porém, todas estas nasceram já como equipas na BD, os Avengers não. Os Avengers, tal como a Liga da Justiça para a DC é aquela equipa com que todo o leitor de BD sonha, a equipa em que se reúnem os Super-Heróis individuais mais populares. Por isso mesmo foi uma sábia decisão terem introduzido todos os protagonistas em filmes individuais primeiro, tal como havia sido feito na BD. A espera para chegar até aqui foi mais longa, mas compensou, em "Avengers" não se perde tempo a introduzir as personagens, isso já foi feito e se fosse de outra maneira metade do filme seria gasto nisso.


Mas, vamos por partes. Porque é que este filme funciona assim tão bem? Na minha opinião vou salientar os factores que considero mais relevantes. Para começar "o homem do leme", Joss Whedon, temos aqui um senhor que percebe de BD, que aliás, já escreveu para BD e por isso sente-se que as personagens foram bem entregues, há não só respeito por elas como as suas personalidades são muito bem exploradas aos quais Whedon adiciona o seu toque de humor. Se há coisa que sempre apreciei neste senhor foi precisamente o seu sentido de humor aguçado que para quem está familiarizado com o seu trabalho ("Firefly", "Buffy") irá certamente reconhecer o seu toque neste filme também. Outra coisa importante é que Whedon sabe realizar filmes, como já provou em "Serenety" (sim é uma boca ao "Spirit"). As sequências de acção em "Avengers" são muito bem pensadas, ver esta equipa a lutar em todo o seu esplendor e glória é magnífico. Aliás todo o espírito de diversão da BD é algo que se sente muito neste filme, essa transposição ocorreu na perfeição, são vários os momentos icónicos a que assistimos, desde um Hulk a tentar levantar o Mjolnir ou um Tony Stark a experimentar a sua nova armadura.

O elenco é outro factor importantíssimo e onde felizmente foi feito o pleno. Robert Downey Jr. foi o primeiro nome a surgir nesta equipa, ele é Tony Stark. Era das escolhas mais óbvias, porque é das mais perfeitas. Dito isto como poderia falhar? A sua personagem aqui mantém-se igual a si própria porque não se mexe com a perfeição.


Chris Hemsworth interpreta novamente Thor, o deus nórdico do trovão, pessoalmente sou dos que gostou muito da escolha. O seu Thor é seguro, imponente, divertido e acima de tudo, com um sentido de honra fortíssimo. Neste filme gostei particularmente da forma como exploram a sua relação com Loki, pois para todos os restantes Loki é apenas o vilão, mas para Thor é o seu irmão também. Por falar no deus da trapaça o que dizer de Tom Hiddleston? Nada, além de elogios. Excelente escolha para vilão, de todos os filmes anteriores era o que tinha mais estofo para ameaçar uma super equipa destas. Hiddleston já tinha sido um dos pontos mais fortes no filme "Thor", aqui regressa à sua personagem, que anseia por vingança mais do que nunca, e volta a entregar-nos uma representação fascinante que o coloca no pedestal dos grandes vilões de BD adaptados ao cinema. Os seus discursos sobre a liberdade, focando que com a sua liderança o nosso mundo conheceria a verdadeira paz, tornam-no um vilão ainda mais interessante.

Na altura que Chris Evans foi escolhido para ser o Captain America, muitos expressaram o seu desagrado, não porque Evans não fosse capaz de interpretar Steve Rogers, mas, porque já tinha sido o Human Torch em "Fantastic Four". A mim Evans já me tinha convencido no seu filme a solo e aqui ainda gostei mais de o ver, porque senti ainda mais o espírito do Captain America. É uma personagem que praticamente não tem poderes ao pé dos outros, é juntamente com Black Widow e Hawkeye dos mais fracos e ao pé de deuses e "gigantes", fica sempre o receio de que passem para segundo plano. Contudo, Whedon, soube orquestrar esta equipa muito bem e todos têm um papel a desempenhar nela. O Captain America assume naturalmente o papel que sempre lhe foi destinado, o de líder e nunca em altura nenhuma isso soa a forçado. As suas cenas de luta são também fabulosas e compensam o facto de ter o fato mais piroso do filme...


De todos estes Super-Heróis, o mais mal tratado foi o Hulk, que é também a pedra no sapato deste franchise, não só por o "Incredible Hulk" de Louis Leterrier ser o pior de todos, mas porque o actor teve de mudar também. Claro que este factor inicialmente negativo acabou por ser muito bom, para mim Mark Ruffalo tem mais de Bruce Banner do que Edward Norton, não desfazendo o grande actor que este senhor é. E felizmente o Hulk surge aqui como a força da natureza que é, esqueçam o passado, este sim é o verdadeiro monstro verde que rouba todas as cenas em que entra e cuja voz volta a ser dada por Lou Ferrigno. Pessoalmente preferia que tivessem feito a ponte com o Hulk de Ang Lee, melhor filme e também com um bom Banner (Eric Bana), e essa ponte nem seria difícil de construir, os filmes facilmente se uniriam, não fosse pelo pequeno pormenor de dizerem que o Banner se transformou quando tentava recriar a fórmula do super soldado que criou o Captain America.


Por fim, temos Black Widow e Hawkeye, a espia e o sniper, os humanos e únicos membros da SHIELD a integrarem a equipa e que por isso partilham uma ligação maior entre eles os dois. Filme que é de Joss Whedon tem de ter uma rapariga jeitosa a distribuir quilos de porrada, Scarlett Johansson é essa rapariga e se não era nada uma escolha óbvia para esta personagem, tem cada vez mais ganho a minha simpatia. Jeremy Renner que tinha tido um cameo curto mais precioso em "Thor" regressa agora com bastante mais tempo de antena. O uso das suas variadas setas foi muito bem conseguido e sempre com muito estilo, dá realmente para acreditar que nos dias de hoje alguém ainda privilegie este tipo de armas.


A SHIELD revela-se finalmente neste filme, agora sim temos uma boa visualização do funcionamento desta equipa. Quando vemos a sua base de operações é um momento que qualquer fã da BD vai vibrar e por isso mesmo não me vou estender mais sobre o assunto para não estragar a surpresa. Nick Fury está de regresso e desta vez mais do que meros minutos. Há uma diferença muito significativa entre Samuel L. Jackson e os restantes actores. É que ao contrário dos outros, Jackson já tinha sido escolhido na própria BD como Nick Fury. Não na versão clássica, mas na versão "Ultimate" (ver aqui). Por falar em "Ultimates" as influências deste universo são muito notórias nas novas adaptações da Marvel, neste filme é-nos novamente recordado isso logo ao início quando revelam que o exército reunido por Loki é do povo Chitauri, nome pelo qual os Skrull são mais conhecidos na Terra do universo "Ultimate". Se gostaram deste filme, aconselho a espreitarem o segundo volume de "Ultimates" não só porque é bestial, mas porque a história também recai sobre a invasão dos Chitauri.

Como braço direito e esquerdo de Fury temos o já bem conhecido Agent Phil Coulson (Clark Gregg) e a estreante (em Cinema) Agent Maria Hill (Cobie Smulders). Phil é a personagem da SHIELD que estabeleceu maior ligação com os heróis como é visível nos filmes anteriores, pode ser uma personagem secundária mas a sua importância é tudo menos isso. Quanto a Cobie Smulders foi bom vê-la fora de "How I Met Your Mother" mesmo sendo uma aparição relativamente curta.


Esta é a história sobre a reunião da equipa de heróis mais poderosa da Terra. Indivíduos tão únicos e dispares que acabam por unir forças em prol de um bem maior. Banner diz a dada altura que isto não é uma equipa, é uma bomba-relógio, no final, fica a sensação de que mais do que isso, agora, é uma família e no fundo é tão simples quanto isso. Quem gosta deste tipo de filmes, não vai certamente sair desiludido, temos aqui aquele que será não só um dos melhores blockbusters do ano, mas também um dos melhores filmes do género feitos até à data. Isto sim é entretenimento do melhor e tendo sido o primeiro filme da Marvel a ser distribuído pela Walt Disney é caso para dizer que esta aquisição tem tudo para dar grandes frutos.

Gostava era de ver as personagens da Marvel mais unidas no Cinema e não tão separadas por diferentes produtoras. Não seria excepcional ver cameos do Spider-Man, do Wolverine ou do (cof cof) Silver Surfer? Posso estar a sonhar alto, mas depois deste filme, como é possível não o fazer? Principalmente depois de ver o potencial vilão da sequela após os créditos finais.

sexta-feira, abril 20, 2012

Zona Nippon I - Lançamento


O colectivo "Zona" está de regresso, desta vez com aquele que será o primeiro volume de uma série que conta com um leque de histórias (curtas), todas elas inspiradas de alguma forma no oriente asiático. Neste volume volto novamente a participar aliado ao Fil, com quem já tinha trabalhado no "Cabaret Monstra". Para mais informações podem consultar o comunicado de imprensa aqui. Algumas amostras dos trabalhos integrantes encontram-se disponíveis aqui.

O lançamento oficial irá decorrer no dia 5 de Maio no Festival de BD Anicomics, para mais informações consultar o programa.

quinta-feira, abril 19, 2012

Harold Lloyd


Harold Lloyd foi a par com Charles Chaplin e Buster Keaton um dos grandes nomes da comédia muda. Dos três foi o que acabou por cair mais no esquecimento e pelo que sei a grande culpa disso acaba por ser sua, uma vez, que, devido a certas imposições da sua parte, bem como a exigência de elevadas quantias monetárias para passarem os seus filmes na tv, levaram a um menor acesso aos seus filmes. Ainda assim certamente a maioria já se terá deparado algures com a sua mítica imagem em "Safety Last" agarrado a um relógio (ver figura) e que foi usada no recente "Hugo" de Scorsese.

Como dá para ver nessa imagem, Lloyd, há semelhança de Keaton, era um comediante que prezava pelo uso de grandes proezas físicas na sua comédia. Proezas essas que lhe valeram a perda de dois dedos, num anúncio em (ainda) 1919, ou seja, quatro anos antes de "Safety Last".

Desde os anos 90 que os seus filmes têm tido uma maior divulgação e um renovado (e merecido) interesse tem surgido à sua volta. Eu apenas o conheci há poucos anos e aproveitei recentemente para adquirir uma colecção de 10 DVD's que supostamente contêm os seus melhores trabalhos e se encontra na FNAC a 25€. Pela curta amostra vislumbrada, posso dizer que estou a adorar descobrir a sua filmografia e que percebo porque o seu nome é colocado ao pé dos génios de Keaton e Chaplin, sendo este último, dos três, o único que sobreviveu à introdução do som no cinema, temática explorada pelo recente "The Artist".

quarta-feira, abril 18, 2012

terça-feira, abril 17, 2012

Shaman Warrior


Usando o blog como uma espécie de diário fui ver que iniciei a minha leitura  de "Shaman Warrior" em Novembro de 2010 tendo comentado o 1º volume aqui.
Agora venho aqui assinalar que finalmente concluí a leitura dos seus 9 volumes. Há sempre um misto de sentimentos quando se termina uma série, por um lado é uma enorme felicidade possuir toda a colecção na estante, mas, por outro, fica sempre aquela tristeza quando temos de dizer adeus àquelas personagens que nos acompanharam durante tanto tempo. Apesar de ter gostado desta série, não lhe vou sentir particular falta, não é como um "Sandman" em que realmente a despedida doeu, ainda assim é sempre um adeus.

Tudo o que tinha dito sobre o 1º volume se mantém para os restantes, "Shaman Warrior" é uma BD carregada de testosterona. Todos os volumes são compostos por doses massivas de pancadaria, havendo poucos avanços no desenvolvimento da trama. Para quem gosta de combates isto torna-se um verdadeiro espectáculo graças aos belíssimos traços de Park Joong-Ki. Como referi também na altura o autor desenvolve as batalhas de uma forma muito dinâmica mas também muito veloz, que por vezes resulta em pranchas soberbas, mas que noutras também dificulta a visão global e por conseguinte a compreensão dos movimentos.


A história em si é curta, simples e directa. Não há grandes surpresas aqui, mesmo em alturas de revelações. O retrato deste mundo fictício é também bastante superficial, sem grandes explorações políticas ou sociológicas. Esta é uma história de vingança, de sangue e suor, e não pretende nunca ser mais do que isso. A acção desenrola-se num ambiente arenoso e seco, a civilização é governada por um regime opressor onde a lei do mais forte impera. Há sítios, cuja existência é aceitável, onde miúdos são treinados desde criança para serem lutadores e assassinos. Não são sítios acolhedores e onde duvido que todos atinjam a idade adulta. Aliás, acolhedor é uma palavra que nunca se faz sentir nos vários locais por que passamos.

Tudo começa com o ataque a Yarong, um guerreiro Xamã. Este tipo de guerreiros tem poderes especiais e após deixarem de ter utilidade para o governo, começam a ser abatidos como cães, uma caça que se estende durante anos. Após a morte de Yarong, Batu, o seu fiel discípulo fica encarregue de cuidar de Yaki, a filha do seu mestre. Aqui fica claro que a história se irá debruçar muito no crescimento desta criança, também ela uma guerreira Xamã, e na consequente vingança pela morte do seu pai.


Pelo caminho outros guerreiros se juntam a Batu, tais como: Horakaan, um guerreiro Xamã, que também procura vingar a sua família toda ela assassinada pelos homens do General (o governante) ou Yatilla, um guerreiro extraordinário e filho do líder do clã Manutu, que pretende destronar o governo a fim de terminar com a sua tirania. Seja quais forem as razões de cada um, todos acabam por ter o mesmo inimigo e a união das suas forças é mais do que aconselhada.

No volume 9, o último, fica a sensação de o autor ter apressado a conclusão, talvez devido a problemas com os prazos, uma vez que, ele refere essa preocupação no seu diário de bordo (segmento que se encontra no final de cada volume). É que até alguns dos desenhos me parecem pouco trabalhados. Quanto à história, perde-se em combates e a resolução acaba por surgir de forma repentina. No fundo é apenas um final para a maioria das personagens, deixando em aberto o início da prometida revolução que fica nas mãos do jovem Yatilla. Se ele sucedeu é algo que provavelmente nunca saberemos, mas quanto a mim, gosto de pensar que sim.

segunda-feira, abril 16, 2012

Grandes Duos da TV [10]

 Nathan Young e Simon Bellamy ("Misfits")



Nathan: What about you, weird kid? Don’t take this the wrong way or anything, but you look like a panty sniffer.
Simon: I’m not a panty sniffer. I’m not a pervert… I tried to burn someone’s house down.


Nathan [Discussing a plan for dealing with the Virtue group]: Come on, Barry, you're good at this stuff. Think of something.
Simon: Who's Barry?
Nathan: You are.
Kelly: His name is Simon.
Nathan: Is it? I thought it was Barry.



Nathan [to Simon]: Didn’t you say you wanted to piss on her tits? Probably best to keep that kinda thing between you and your internet service provider.


Nathan: It's a cruel senseless waste. A young man taken from us in his prime, leaving us to pick up the pieces of our shattered lives, knowing that he's gone forever. So maybe we should have the rest of the week off, you know to cry, and grieve, and remember our dear friend...
Simon: Ollie.
Nathan: ... Ollie! Dear beautiful Ollie!


Nathan: See? Babies… that's why I always use a condom. And if the girl looks dirty I use two.


Nathan: Yeah, okay. Let’s rob a bank.
Shaun: What’s that?
Simon: Nothing.
Shaun: Really? That’s funny, innit? Cause to me it sounded like a plan to rob a bank.
Nathan: No, no. I said, uh, “Let’s have a big wank.” Communal masturbation. The old Circle Jerk. 


Nathan: When did you get balls?
Simon: I've always had balls you've just never seen them.
Nathan: That's the gayest thing I've ever heard


Simon: I just want you to know... being here with all of you... it's been the best time of my life.
Nathan: Ah, I had a week in Spain last year, that was way better.


Nathan [to Simon]: Save me Barry!!

sexta-feira, abril 13, 2012

Top 10 adaptações de BD ao Cinema (Pós-2000)


A convite do André Marques do Blockbusters elaborei a lista daqueles que para mim são os melhores filmes cuja origem parte de uma BD e que foram lançados após 2000, ano a partir de qual esta febre ganhou novo fôlego.

Em 12 anos foram muitas as produções deste género, acabaram por ficar de fora filmes como "Iron Man", "Kick Ass", "Les aventures extraordinaires d'Adèle Blanc-Sec", "Hellboy" ou até mesmo "Sin City", "300" e "Watchmen".

Sem mais demoras deixo o link para o meu top aqui.

quinta-feira, abril 12, 2012

terça-feira, abril 10, 2012

Happy Sex


Philippe Chappuis mais conhecido por Zep é um conhecido autor de BD, criador do divertidíssimo Titeuf. Há cerca de dois anos foi editado pela ASA o seu livro "Happy Sex" e ao qual só pus a vista em cima ontem. Zep é característico por ter um humor bastante sexual, algo que já é claro em "Titeuf", mas que num livro dedicado exclusivamente a isso (como o próprio título indica) e só para adultos (assim dita o autocolante na capa) ganha uma outra dimensão.

A familiaridade de algumas tiras, tenham-se de facto vivido ou não pois certamente já todos pensaram nalgumas delas, aliado a um humor simples mas certeiro fazem com que "Happy Sex" seja um caso de diversão assegurada.
O único aspecto negativo de livros como este é que são de um consumo extremamente rápido ficando sempre a vontade de ler mais qualquer coisa. Espero que isto tenha aberto as portas para futuras edições de Zep, nem que seja para mais desta colecção, tais como "Happy Girls" ou "Happy Rock".

segunda-feira, abril 09, 2012

Grandes Duos da TV [9]

Jesse Pinkman and Walter White (Breaking Bad)


Jesse: Yo, I get I shouldn't call, but I'm in a situation over here, and I need my money.
Walt: I just gave you $600.
Jesse: Yeah, and thanks, Daddy Warbucks, but that was before my housing situation went completely testicular on me, okay?


Jesse: You either run from things, or you face them, Mr. White.
Walt: And what exactly does that mean?
Jesse: I learned it in rehab. It's all about accepting who you really are. I accept who I am.
Walt: And who are you?
Jesse: I'm the bad guy.


Walt: [On phone at hospital with Skyler looking on] Well yes, I will be sure and pass your best wishes on to everyone. Thank you and goodbye.
Jesse: [On phone back at meth lab] Oh yeah. And tell that douche bag brother-in-law of yours to go towards the light.


Jesse: Dude, you scared the shit out of me. When you say it's contamination. I mean, I'm thinking like... an ebola leak or something.
Walt: Ebola.
Jesse: Yeah, it's a disease on the Discovery Channel where all your intestines sort of just slip right out of your butt.
Walt: Thank you, I know what ebola is.


Jesse: [about drug dealers using kids to sell methamphetamine] Hearts and minds, right? Get them young and they'll be yours forever


Walt: You clearly don't know who you're talking to, so let me clue you in: I am not in danger, Skyler. I am the danger. A guy opens his door and gets shot, and you think that of me? No! I am the one who knocks!

terça-feira, abril 03, 2012

A Song of Ice and Fire: A Storm of Swords





















Por norma coloco sempre os títulos das obras que falo na língua em qual as vi. Digo isto para ficar claro porque coloquei o título deste livro em inglês quando no passado falei dos anteriores em português (volume 1 e volume 2). Gosto bastante das edições da Saída de Emergência, mas por questões económicas preferi começar a ler esta saga em inglês. A coincidência é que nas edições portuguesas os volumes são divididos em dois e logo quando salto para as edições inglesas calha ser no único livro em que tal também acontece uma vez que, até à data, "Storm of Swords" é o mais longo de todos.

Vou falar de acontecimentos que ocorreram nos volumes anteriores, por isso não é aconselhado ler este post a quem os desconhece. É apenas uma forma de avaliar na história o que até aqui se tem passado e os perigos que aguardam estas personagens. Uma boa altura já que a segunda temporada da série acabou de regressar.

São muitas as tramas que se desenvolvem neste mundo saído da mente de George R.R. Martin. Neste volume, por exemplo, perdemos Theon Greyjoy como uma das personagens a partir das quais a história é contada e com ele os Greyjoy ficam ausentes deste volume. Sabemos apenas que lutam entre si pelo trono após a morte do auto-intitulado Rei Balon, mas nada mais é explorado.

No entanto, em vez de Theon, há Jaime Lannister, que se torna, depois deste volume, automaticamente, uma das melhores personagens da saga. Sempre gostei do Jaime, nas poucas cenas em que aparecia tinha uma presença imponente, o diálogo com Catelyn Stark por exemplo foi prova disso. A única coisa que nos faz odiá-lo é sem dúvida alguma o que fez a Bran Stark. Neste volume ele é, secretamente, libertado por Catelyn que o envia juntamente com Brienne para Kingslanding a fim de o trocar pelas suas filhas reféns. Brienne após ter sido acusada injustamente de ter assassinado Renly Baratheon tem vindo a seguir religiosamente a viúva Stark e tudo fará para recuperar as suas filhas. Os laços que vão sendo criados entre Jaime e Brienne, que a início se odeiam, resultam num dos duetos mais fenomenais nesta história e dos mais improváveis. A partir deste enredo sabemos finalmente o que passou pela cabeça de Jaime em várias situações, conhecendo assim as razões das suas decisões nomeadamente aquela por qual é mais conhecido, a morte do Rei Aerys. Só por uma cena em particular em que estes dois estão envolvidos Jaime conquista o respeito de qualquer um, fantástico.

Para lá da muralha as coisas não estão nada fáceis também. A vida de Jon Snow tinha dado uma volta de 180º no final do volume anterior. Capturado pelos selvagens foi obrigado a lutar com Qhorin Halfhand que se deixou matar, ordenando-o que se juntasse aos selvagens para os espiar. Snow tenta assim convencer o rei para lá da muralha, Mance Rayder, de que é um desertor. É um percurso muito interessante o do bastardo mais popular de Winterfell. Envolve-se amorosamente com Ygritte, uma mulher beijada pelo fogo (ruiva), e trava até amizades com alguns dos selvagens. Talvez este povo não fosse exactamente aquilo de que ele estava à espera. No fundo, são tal como ele, simplesmente pessoas. Infelizmente pessoas que estão a montar-se como um exército para atravessar a muralha e atacar o sul. Para lá da muralha tudo é sul para este povo. Na sua mente Jon mantém-se fiél aos seus irmãos, a patrulha da noite, mas no futuro quando tiver de o mostrar, tais escolhas não serão tão fáceis de tomar, principalmente agora que está com Ygritte. Neste livro esta personagem está em grande, passa por muita coisa, é injustamente acusada e prova-se como um valente estratega e guerreiro. No final tudo isso será de certa forma recompensado. Uma coisa é certa, a vida de Snow nunca mais será a mesma.

Com Lord Snow fora da patrulha da noite, é agora a partir de Samwell Tarly que vamos tendo um vislumbre do que acontece deste lado. São poucos os capítulos de Tarly mas muito relevantes. A vida não está fácil para os "corvos". Enquanto nos 7 reinos os lordes guerrilham pelo trono de ferro, perigos mais sombrios despertam a norte da muralha. Uma das razões pelas quais os próprios selvagens se decidiram mover agora, prende-se com os constantes ataques dos "The Others" criaturas do gelo, criaturas da morte e capazes de trazer os cadáveres de volta. Pela primeira vez saberemos como se pode matar um "The Other", algo que até fez bastante sentido. Serão estas as forças do outro deus cujo nome não pode ser pronunciado segundo Melisandre a sancerdotisa do deus do fogo, R'hllor? Que os sancerdotes vermelhos detêm poder disso não há dúvidas, como já tinhamos visto também em Jaqen H'ghar. Mas até o próprio nome da saga "A song of Ice and Fire" parece indicar que se caminha para um confronto entre fogo e gelo. E se os Others parecem criaturas das trevas a verdade é que Melisandre, apesar da beleza, também.

Por falar nela, Stannis Baratheon aparece menos neste volume, depois da valente derrota em Kinglanding, graças ao anão mais popular do mundo, Stannis regressou a Dragonstone para recuperar as suas forças. Felizmente Davos safou-se durante a batalha, terminei "A Clash of Kings" a pensar que ele tinha ido desta para melhor. Gosto de determinados pormenores aos quais Martin presta atenção, por exemplo em relação a Davos que apesar de ter perdido a bolsa que ostentava ao pescoço com os seus dedos cortados continua a tentar segurá-la com as mãos como antes fazia, apesar de esta já lá não estar. Um pouco há semelhança de Jon Snow que desde que feriu a mão continua a movimentá-la da forma que o Maester lhe aconselhou. Somos criaturas de hábitos e por isso estas cenas têm um sabor muito real quando as leio, é como se as personagens existissem de facto. Voltando ao cavaleiro das cebolas é uma grande personagem e aparentemente o único capaz de chamar à razão Stannis, mesmo que nem sempre consiga. Não pensem no entanto que Stannis está quebrado, o rei pode encontrar-se mais fragilizado, mas nenhum dos seus objectivos mudou, a abordagem a eles é que sofreu algumas alterações.

Noutro continente Daenerys Targaryen continua a sua jornada. Agora com navios à sua disposição tem a oportunidade de regressar a Westeros e iniciar os seus planos para reconquistar os 7 reinos. Claro que há um ligeiro problema... Dany não tem um exército. Esta mulher tem crescido crescido muito tornando-se cada vez mais uma verdadeira líder. Para isso decide dirigir-se até às cidades de escravos, especificamente Astapor onde os leais Unsullied são vendidos. Os Unsullied são um grupo de eunucos guerreiros treinados desde miúdos para serem os escravos lutadores perfeitos. Apesar de ter adorado a forma como Dany ganhou este exército, custa-me que os seus treinadores nunca tivessem antecipado tal situação uma vez que me parece tão óbvia. Vamos culpar a sua ganância para tal ter acontecido.
Uma coisa que gosto em Dany é que se está a preparar bem antes de seguir para Westeros. Conquistando outras cidades e libertando os seus escravos pelo caminho, mas mais importante a aprendizagem que é necessária para se saber governar. De que lhe vale ser rainha dos 7 reinos se não o souber fazer? É neste volume também que finalmente sabemos quem é Whitebeard e quem tem vendido os seus segredos a Varys aka The Spider.

Ainda voltando a Theon a forma como este foi manipulado pelo bastardo de Bolton, agora já legitimizado como Ramsay Bolton foi épica. Por sua culpa Bran e Rickon perderam Winterfell, mas graças a ele estão também dados como mortos o que é uma vantagem para se protegerem dos seus inimigos. Os irmãos haviam-se separado para terem uma melhor forma de prevalecer. Rickon partiu com Osha enquanto Bran foi, nas costas de Hodor, com os irmãos Reed. E claro cada um com o seu respectivo lobo. É por Bran que descobrimos que há wargs na família Stark. Wargs têm a capacidade de entrar na mente de animais e é Bran o primeiro a descobrir, no final do volume anterior, que os sonhos em que era Summer, afinal foram todos reais. Com a ajuda de Jojen tem treinado essa habilidade que graças à paralisia nas suas pernas lhe abriu um novo rumo de possibilidades. Também Arya, sem saber, é um warg, penso que isso é claro pela descrição dos seus sonhos em que deve entrar dentro da perdida Nymeria. Jon igualmente, apesar de dos três ser aquele que menos usou essa capacidade. Possivelmente todos os irmãos podem ser wargs, mas a Lady de Sansa morreu logo no primeiro volume e não lemos nunca a partir do ponto de vista de Robb e Rickon.

Por falar em Arya Stark, muitos caminhos tem percorrido esta jovem corajosa, infelizmente nenhum desses percursos a tem levado aonde deseja. Graças a ela encontramos finalmente a "Brotherhood Without Banners". Lembram-se do lorde  Beric Dondarrion, cujo falecido Ned Stark enviou para capturar a montanha que dá pelo nome de Gregor Clegane? Bem tudo indicava que Dondarrion tinha sido morto, mas graças aos "poderes" de Thoros de Myr, mais um dos que reza ao deus vermelho, foi ressuscitado e continua-o a ser vezes sem conta. Dondarrion é então o líder deste grupo de guerreiros que ainda luta pelo reino do falecido Robert Baratheon. Um grupo que dará ainda muito que falar certamente. Entre eles e Sandor Clegane, Arya terá muitos desafios para enfrentar e quiçá se decida finalmente a rever o misterioso  Jaqen H'ghar.

Em Kingslanding, tudo parece bem, o lorde Tywin, mão do Rei é acima de tudo um brilhante estratega tanto fora como dentro do campo de batalha. Planeando casamentos entre os Lannister's e os Tyrell e os Martell vai ganhando aliados poderosos e aparentemente tudo os favorece nesta grande guerra. Joffrey continua igual a si próprio, ou seja, um asno. E a pobre Sansa é obrigada a cumprir tudo que a sua "nova" familia lhe indica. Aqui custa ver a pouca gratidão que todos têm a Tyrion Lannister sem o qual a última grande batalha poderia ter um desfecho totalmente diferente. Este é também o livro em que Tyrion será mais posto à prova, os desafios que irá enfrentar poderão ser-lhes letais. Felizmente o "Imp" mantém-se firme nas qualidades que fazem dele uma das melhores personagens.

Por fim, falta mencionar Robb Stark, cuja história continua a ser seguida por nós a partir dos olhos da sua mãe. Depois de Catelyn ter libertado Jaime, Robb foi obrigado a castigá-la mantendo-a "prisioneira" nos aposentos do seu moribundo avô o lorde Hoster Tully. Tal acção não foi vista com bons olhos por alguns dos seus homens que ansiavam pela morte do regicida. Robb é um corajoso guerreiro, até à data invicto, nas batalhas que trava, mas ainda é um miúdo, um jovem sonhador que em aspectos do coração fraqueja. São as decisões baseadas nas suas emoções que o colocam em maior perigo.

"A Storm of Swords" é um banho de sangue e veneno. Traições e mortes são elevadas ao extremo. É um livro também de revelações, finalmente sabemos quem matou Jon Arryn e quem ordenou o ataque a Bran, entre outras coisas. Em relação ao ataque de Bran foi a revelação que menos apreciei, não lhe vi grande necessidade mesmo vindo de quem vem. Temos finalmente o regresso de Lord Baelish que tem estado desaparecido. Ainda que só mais para o final a presença de Littlefinger é muito bem recebida da minha parte, este homem é um senhor e um dos reis da conspiração.

Desde "Game of Thrones" que George R.R. Martin tem sido capaz de nos prender a atenção com estas aventuras. Faz-nos amar e odiar personagens como se de amigos se tratassem e pelo menos até este terceiro volume não me parece ter dado nenhum passo em falso, pois valem todos bem a pena o tempo que lhes é dispendido.

segunda-feira, abril 02, 2012

Grandes Duos da TV [8]

 
Bender e Fry (Futurama)


Bender: Bite my shiny metal ass!


Fry: It's just like the story of the grasshopper and the octopus. All year long, the grasshopper kept burying acorns for the winter, while the octopus mooched off his girlfriend and watched TV. But then the winter came, and the grasshopper died, and the octopus ate all his acorns. And also he got a racecar. Is any of this getting through to you?


Bender: Hey Fry, I'm steering with my ass.
Fry (leaps out of chair): That's the best thing I ever saw.


Leela: That was the worst mission yet.
Fry: Yeah. I'm never going to any planet called Cannabilon.
Bender: Me too. Food was good, though.


Leela: Fry, we have a crate to deliver.
Fry: Well let's just dump it in the sewer and say we delivered it.
Bender: Too much work. Let's we burn it and *say* we dumped it in the sewer.


Bender: Fry come quick its an emergency!
Fry (runs in):WHAT! WHAT!
Bender: shut up already! Calculons on t.v.!


Bender: I'm so embarrassed. I wish everybody else was dead